Depois de anos sendo um pop culture junkie, finalmente resolvi canalizar minhas energias em algo útil (assim, dependendo da sua perspectiva). Esse blog tem, portanto, o objetivo de documentar quem está causando na cultura pop mas não comentando do óbvio e sim antecipando tendências e o que está por vir. E-mail me @ tacausando@gmail.com. Mais sobre a nossa proposta.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Fireflies light up the charts

Disclaimer: Eu sei que eu estou mega atrasado com esse post mas ó, é sobre as paradas da semana passada. Quarta-feira que vem tem um sobre o dessa semana.



Em sua segunda semana nas paradas, Fireflies do Owl City atinge a primeira posição na Grã-Bretanha com 72 mil cópias vendidas. Com isso, a música conseguiu o feito de atingir o primeiro lugar nos três principais mercados anglo-saxões: EUA (onde a música está atualmente em 13º), UK e Austrália (onde a música continua no topo pela terceira semana consecutiva).

Replay cai para o segundo lugar no Reino Unido após duas semanas (e as vendas continuam altas: 67 mil). Já na Austrália, a música atinge sua posição mais alta até o momento, terceiro lugar.

A versão do elenco de Glee de Don't Stop Believin' alcança o top 3 no UK e a versão original, cantada pelo Journey, também segue no top 10, na sexta posição.

De resto, não existe mais nenhum novo single no top 5 britânico: a quarta posição vai para Starstrukk
da Katy Perry com 3OH!3 (que está no top 5 desde dezembro) e o quinto lugar para Riverdance do Sidney Samson. Won't Go Quiently da banda dance Example é a música de estréia que conseguiu a posição mais alta na semana, chegando a sexta posição.

Dois atos do The X Factor conseguem penetrar o top 10: Alexandra Burke e seu segundo single, Broken Heels chegam ao oitavo lugar e One Shot, terceira música de trabalho do JLS, alcança a décima posição (e, tudo indica, chegara ao top 5 semana que vem). Lady Gaga também segue no top 10, com Bad Romance na nona posição.

Na Austrália, Blah Blah Blah da Ke$ha continua com sua performance surpreendente. Apesar da música não ser um single, ela alcança essa semana a quarta posição. Já TiK ToK continua em segundo lugar pela terceira semana consecutiva (antes disso, a música ficou 1 mês na primeira colocação). A única mudança no top 10 é a entrada do quarto single do novo CD dos Black Eyed Peas, Rock Your Body.



Florence & the Machine, a grande revelação de 2009, demorou 7 meses para chegar a primeira posição mas agora ninguém a tira do topo. Com 42.3 mil cópias vendidas essa semana, o álbum Lungs está cada vez mais próximo de alcançar 1 milhão e, com uma tonelada de indicações aos BRIT Awards (o equivalente britânico dos Grammy's), as vendas devem continuar fortíssimas nas próximas semanas.

Em segundo lugar, Paolo Nutini e Morning Side Up, também com mais de 42 mil cópias. O CD do jovem cantor escocês continua forte e muitos apostam que conseguira ultrapassar a impressionante marca de 2 milhões de cópias.



Em terceiro lugar, o novo CD da veterana banda Stereophonics (com 32 mil cópias comercializadas), seguido pela sensação teen canadense Justin Bieber (29 mil) e por Lady Gaga (24 mil).

Na parada de CDs australiana, Susan Boyle continua firme e forte no topo após 9 semanas. O grupo country local The McClymouths estréia em segundo. O top 5 é completo por Michael Buble, Vampire Weekend e Lady Gaga.

Nos EUA, Ke$ha continua no topo do Hot 100 com TiK ToK mas quem provou o poder essa semana foi Taylor Swift. A cantora country, cujo CD foi o mais vendido do ano passada, vendeu mais de 350 mil copias da música Today Was a Fairytale. Apesar de ser fraquíssima, não ter contado com nenhuma promoção e de ser apenas parte da trilha sonora do filme Valentines Day (que Taylor participa), as vendas altíssimas foram suficiente para a música estrear em segundo lugar no Hot 100 (apesar de não ter tido nenhum airplay).



Além de Taylor, Justin Bieber também entra no top 5 (em quinto lugar) com Baby. É uma semana particularmente boa para o canadense de apenas 16 anos, que consegue penetrar o top 5 de singles nos EUA e o top 5 de CDs na Grã-Bretanha.

Lady Gaga e Bad Romance caem uma posição e ficam em terceiro lugar e BedRock, single que une todos os artistas da gravadora YoungMoney (propriedade de Lil Wayne) permanece em quarto.

Também no top 10: Replay, Sexy Bitch de David Guetta e Akon (em sétimo), Empire State of Mind, Hard da Rihanna e Hey, Soul Sister da banda de rock Train (o primeiro top 10 hit da banda desde 2001).

Na parada de CDs dos EUA, o álbum de caridade Hope for Haiti com músicas de Taylor Swift, Justin Timberlake, Alicia Keys, Christina Aguilera e outras dezenas de artistas estréia em primeiro lugar com 171 mil cópias vendidas. Em segundo lugar, I Dreamed a Dream de Susan Boyle se mantém firme, com 86 mil cópias seguida por Lady Gaga e The Fame (61.7 mil), a banda de indie rock Spoon (55 mil cópias) e a coletânea 2010 Grammy Nomminees (49 mil).

Já que estamos no tópico de música, domingo tem a exibição dos Grammy's e, se tudo der certo, segunda-feira vai ter uma cobertura bem completa de tudo que went down. Eu pensei em fazer um liveblogging mas é meio pointless levando em conta que por enquanto eu tenho pouquíssimos leitores por tanto vai ser um resumão no dia seguinte mesmo. Venham conferir!


Late night fiasco: Conan versus Leno



"Senhoras e senhores, temos exatamente uma hora para roubar tudo que está nesse estúdio". Com essas palavras Conan O'Brien abriu o episódio do dia 22 de janeiro de 2010, que marcava sua despedida do Tonight Show. Em tom de brincadeira, ele começou seu monólogo listando todos os possíveis usos para seu estúdio depois de sua partida. Entre as opções, o local poderia abrigar "o primeiro encontro anual das amantes de Tiger Wood". Também poderia armazenar o óleo que o elenco de Jersey Shore usa no cabelo e no peitoral ou poderia ser deixado vazio, triste e frio, se tornando assim "uma grande metáfora para o estado da programação atual da NBC".

Depois, Conan ficou sério: "A imprensa tem especulado muito em relação ao que posso ou não falar sobre a NBC. E a verdade é que eu posso falar o que eu bem entender. E o que eu quero falar é o seguinte: entre meu tempo no Saturday Night Live, no Late Night Show e no The Tonight Show, eu estive na NBC durante mais de 20 anos. Apesar de tudo, a NBC foi minha casa durante grande parte da minha vida adulta e estou orgulhoso do trabalho que nós fizemos juntos e gostaria de agradecer por tudo".

Depois do monólogo, Beck, Ben Harper, Will Ferrell, o próprio Conan e a banda do programa se juntaram para tocar Free Bird, de Lynyrd Skynyrd. Ao som de If I leave here tomorrow/Would you still remember me?/For I must be travelling on, now/'Cause there's too many places I've got to see/But if I stayed here with you, girl/Things just couldn't be the same/'Cause I'm as free as a bird now/And this bird you cannot change, o programa chegou ao fim.

O final fez a emissão bater recordes de audiência. Todos concordaram que foi um encerramento extremamente bonito e emocionante. Só teve um detalhe: diferente de seus antecessores Jay Leno e Johnny Carson que apresentaram o The Tonight Show durante 30 e 17 anos respectivamente, O'Brien durou menos de 1 ano no posto. Apesar do stint dele como apresentador do talk show mais importante da TV americana ter sido de apenas 7 meses, a história começa na verdade faz 18 anos.

Apresentar um talk show no late night é o maior sonho de absolutamente todos os comediante americanos. Em 1992, depois de 30 anos comandando o The Tonight Show, Johnny Carson finalmente resolveu passar o bastão adiante e realizar o sonho de outro humorista.

Jay Leno assumiu o cargo em meio a uma polêmica. Muitos acreditavam, inclusive o próprio Carson, que seu sucessor natural era David Letterman, apresentador do Late Tonight Show, programa que era exibido logo após o Tonight Show. Letterman era um grande sucesso, tinha uma audiência fixa e mais de 10 anos de experiência. Apesar disso tudo, a NBC resolveu não promove-lo e deu o cargo para Leno. O motivo para isso foi que, como substituto oficial de Carson, o público já estava acostumado a vê-lo no comando do programa.


Jay Leno

Esnobado pela NBC, Letterman recebeu uma oferta de 40 milhões de dólares da CBS para apresentar seu próprio talk show no cobiçado horário das 23h30 (concorrendo diretamente com Jay Leno). A proposta do canal rival fez a NBC entrar em desespero: a rede queria manter David em sua programação a qualquer custo. Para isso, eles consideraram demitir Leno e substituí-lo por David (apesar dele estar no posto faz menos de 1 ano) e dar a ele seu próprio talk show no horário nobre, antecedendo o Tonight Show.

No fim das contas, nada foi feito e Letterman foi para CBS onde, a partir de 1993, ganhou o comando do The Late Show. O programa foi, desde seu inicio, um grande sucesso e, inicialmente, ganhou a batalha de ratings, superando Jay Leno e a NBC com facilidade.

Porém, aos poucos o Tonight Show começou a se recuperar. Jay ficou mais seguro e o programa ganhou uma remodelação total, com novo cenário e até ângulos de câmera diferenciados. Isso ajudou a fazer com que a distância entre os talk shows se estreitasse.

Em 1995, Hugh Grant, que na época namorava Elizabeth Hurley, foi pego transando com uma prostituta em seu carro. Ele foi preso (prostituição é ilegal na California) e o escândalo foi manchete no mundo inteiro.

Apesar da controvérsia, Grant, que estava programado para aparecer no Tonight Show na mesma semana, não cancelou sua aparição no talk show de Jay Leno. Isso beneficiou gigantescamente a emissão pois seria a primeira aparição pública do ator britânico depois da prisão. Como esperado, o Tonight Show bateu recordes de audiência e, desde então, nunca mais perdeu a liderança.

Mesmo com a saída de Letterman, o Late Tonight continuou no ar. O programa havia sido herdado por Conan O'Brien, um jovem comediante que havia sido roteirista de Os Simpsons e do Saturday Night Live.

Conan logo se tornou um enorme sucesso, principalmente entre o público jovem que se identificava com ele (muito mais jovem do que o típico apresentador de late night) e seu humor. Além disso, O'Brien criou uma série de personagens e sketches que se tornaram enormes sucessos como Triumph, the Insult Dog, um cachorro que era extremamente ofensivo com celebridades.

Em 2004, chegou a hora de Conan O'Brien renegociar seu contrato. O comediante naturalmente tinha pretensões de apresentar seu próprio talk show no horário central. Para evitar que Conan, que estava sendo cobiçado por várias outras emissoras, deixasse o canal, como Letterman havia feito, a NBC prometeu que, em 5 anos, ele substituiria Jay Leno.

A inusitada cláusula do contrato causou polêmica. Em primeiro lugar, Leno nunca tinha manifestado nenhum interesse em deixar o Tonight Show. Além disso, ele continuava o incontestável líder no horário.

Mas Jay reagiu bem a notícia. Logo após o comunicado oficial em relação a decisão da NBC, ele disse no ar que passaria o programa adiante sem nenhum tipo de resistência (afinal o programa era como uma dinastia) e que, na opinião dele, a unica pessoa que podia apresentar o Tonight Show depois de completar 60 anos era Johnny Carson.

Os anos foram se passado e a NBC entrou em uma grande crise: com o fim de Friends, Fraisier e outros sitcoms de sucesso e a queda de popularidade de ER, a rede começou um declínio de audiência e pouquíssimos programas do canal conseguiam bons números.

O ano de 2009 finalmente chegou. Jay Leno continuava como o líder do late show e a NBC novamente entrou em desespero: com a saída dele da grade, Leno iria para outro canal e, caso a audiência migrasse junto, a NBC perderia a liderança num dos poucos horários em que eles ainda eram primeiro lugar.

Finalmente, os executivos do canal resolveram oferecer a Jay a mesma coisa que tinham pensado em oferecer a Letterman no começo dos anos 90: seu próprio talk show no horário nobre (as 10 da noite, ao invés das 23h30).

Para a NBC, essa oferta faria sentido pois eles economizariam milhões de dólares ao exibir um programa de entrevista, por tanto mais barato, cinco vezes por semana em vez de cinco seriados diferentes e caros. Além disso, eles manteriam Leno na casa.


NBC: fiasco atrás de fiasco

Para todo o resto do mundo, porém, essa idéia era uma idiotice tremenda: roteiristas, atores e produtores ficaram irritadissimos pois estavam perdendo horários na grade, anunciantes ficaram bastante incertos sobre um talk show no horário nobre e todos concordaram que era um tremendo desrespeito com Conan colocar, de novo, Jay Leno no horário antes dele, desprestigiando assim o Tonight Show.

Mesmo assim, a NBC não só resolveu ir adiante com o plano como também prometeu a Leno pelo menos 2 anos na grade, com uma multa altíssima em canso de cancelamento.

Em junho de 2009, The Tonight Show with Conan O'Brien finalmente estreou. Inicialmente, o programa marcou audiências decentes. Porém, os números começaram a cair e aconteceu o que a NBC tanto temia: eles perderam a liderança do late night para Letterman.

Alguns meses depois, em setembro, The Jay Leno Show entrou no ar. O programa começou com números altíssimos (de novo, Leno deu sorte com o convidado: Kanye West, alguns dias depois dos VMAs) e, rapidamente, entrou em queda.

Todas as apostas da NBC deram erradas, as mudanças foram desastrosas e o canal resolveu reordenar tudo: o plano deles era mover o Jay Leno Show para as 23hs (evitando assim pagar a multa milionária) e o Tonight Show entraria no ar a meia-noite. Daí o Late Night Show (apresentado por Jimmy Fallon) iria ao ar 1 da manhã e o Last Call with Carson Daly seria cancelado.

Jay aceitou a proposta mas Conan não. Ele argumentou que, tirando o Tonight Show do seu horário tradicional, a NBC estaria prejudicando enormemente um dos franchises mais valiosos da TV e que a mudança seria um desrespeito tanto com Jimmy quanto com Carson.

A NBC então bateu o martelo: Leno voltaria ao seu posto no Tonight Show e Conan seria demitido. E foi ai que a verdadeira batalha entre os dois apresentadores começou.


Conan O'Brien

Os principais comediantes dos EUA mostraram apoio a Conan, entre eles Rosie O'Donnel, Ben Stiller, David Letterman, Jon Stewart, Ricky Gervais e Jimmy Kimmel (que aproveitou uma aparição no programa do Jay Leno para dar vários foras no apresentador). No Saturday Night Live (que também é exibido pela NBC), Seth Rogen também foi extremamente vocal em seu apoio por Conan.

O público jovem, que sempre teve uma enorme afinidade com o humorista, também se uniu, organizando grandes protestos em diferentes cidades.

Na internet, a campanha I'm with Coco virou um gigantesco sucesso, com o pôster criado pelo artista gráfico Mike Mitchel (que lembrava o iconico cartaz Hope, criado para campanha de Barack Obama) sendo difundido em centenas de blogs e artigos. De acordo com pesquisas, 88% dos tweets sobre o assunto mostravam apoio a Conan. No Facebook, mais de 1 milhão de pessoas se juntaram a grupos e páginas apoiando o comediante (as duas maiores, I'm with Coco e Team Conan, tem 873 mil e 213 mil membros respectivamente).

Apesar de tudo, a decisão da NBC já havia sido tomada e foi decidido que o último Tonight Show with Conan O'Brien iria ao ar no fim de janeiro, apenas 7 meses depois dele ter assumido o cargo (lembrando que Jay Leno só conseguiu se tornar o programa número 1 do late night após 4 anos).

A controvérsia ajudou o programa a bater recordes de audiência. "Os ratings subiram 50% essa semana. Ao ouvir isso, os executivos da NBC disseram 'viu? Você realmente não pertence a essa emissora'", brincou O'Brien em um de seus monólogos.

As semanas finais do programa de Conan foram lotadas de piadas sobre a situação. Em outro de seus monólogos, o humorista concluiu que 7 meses não era tão pouco tempo e, para enfatizar o ponto, listou várias coisas que duraram menos: o casamento de Pamela Anderson e Kid Rock (5 meses), a popularidade do cara do Leave Britney Alone (4 meses), o primeiro e o terceiro período de Lindsay Lohan como lésbica (3 meses e 5 meses), o 17º rosto de Joan Rivers (6 semanas), o interesse no lado da história de Denise Richards (18 horas) e o enredo de Lost sendo vagamente compreensível (3 meses).

Além disso, como "vingança" à NBC, ele resolveu fazer uma série de sketches com custos milionários: num deles, ele disfarçou o carro mais caro do mundo (um Bugatti Veyron) como um rato enquanto (I Can't Get No) Satisfaction dos Rolling Stones tocava ao fundo (para tocar essa música na TV, a emissora tem que desembolsar muitíssimo dinheiro em royalties). Em outro sketch, ele mostrou cenas do Super Bowl cujo valor de retransmissão são caríssimos. Finalmente, num terceiro sketch, O'Brien mostrou um fóssil de dinossauro (diretamente do Smithosonian Institute) com uma mangueira que jogava caviar beluga numa pintura "original" de Picasso (que, obviamente, não era verdadeira).

Vários convidados especiais fizeram cameos durante segmentos do programa: o icônico apresentador infantil Pee-Wee Herman foi ao programa explicar, com brinquedos, a confusão. Já o comediante Norm McDonald apareceu para entregar a Conan um cartão que ele estava procrastinando dar desde junho e que dizia "parabéns por finalmente conseguir o posto permanente de apresentador do Tonight Show. Isso é algo que ninguém nunca vai poder tirar de você". Na pele do personagem Kenneth Parcell do seriado 30 Rock, Jack McBryer interrompeu o monólogo de Conan para mostrar as instalações para um grupo de turistas, observando que "a NBC gastou mais tempo construindo esse estúdio do que utilizando-o".

Já Jay Leno optou por se esquivar do assunto, raramente se dirigindo a polêmica ou a Conan durante seu programa.

Para deixar o cargo de apresentador do Tonight Show, Conan O'Brien recebeu 45 milhões de dólares da NBC e o direito de voltar ao ar em outra emissora em setembro, menos de 1 ano depois de sua partida. Porém, todos os personagens que ele criou (como Triumph, the Insult Comic Dog) continuarão sob propriedade da emissora.

A controvérsia beneficiou Conan, que recebeu proposta de quase todos os canais (tudo indica que ele irá para a Fox), porém afetou gigantescamente Jeff Zucker, CEO da NBC, e Leno. Muitos acreditam que a imagem do apresentador está permanentemente manchada e que ele não conseguira recuperar o apoio do público.

Jay começou sua campanha de reabilitação de imagem dando uma entrevista a maior personalidade televisiva dos EUA, Oprah Winfrey (cujo transcript completo está disponível aqui) contando pela primeira vez seu lado da história. Leno volta ao comando do Tonight Show em março, após as Olimpíadas de Inverno.

No final das contas, quem criou toda essa confusão foi a NBC cujos executivos foram responsáveis por péssimas decisões ao longo dos anos (não a toa eles estão em quarto lugar nas audiências faz anos). Jay pode ou não ter agido de forma egoísta mas, como ele disse para Oprah, it's all business. E, na próxima temporada, muito provavelmente Conan estará em outra emissora, com seu próprio talk show competindo contra o Tonight Show e ambos finalmente concorrerão de maneira justa. Que vença o melhor.

A unica coisa que eu quero é que a HBO atenda ao último pedido feito por Conan em seu monólogo final: que, quando eles produzirem um filme sobre todo esse fiasco do late night da NBC, o papel dele seja interpretado pela atriz ganhadora do Oscar Tilda Swinton. Porque, realmente, a semelhança física dos dois é impressionante (e ó, ela super já aceitou).


Academy Award winning actress Tilda Swinton

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Jersey Shore: o novo fenômeno pop made in MTV


A definição de classe

A MTV sempre teve um papel de extrema importância na cultura pop estado-unidense.
O canal, que popularizou vídeos musicais, foi peça chave para transformar Michael Jackson, Madonna e outros milhares de artistas em astros e estrelas. Apesar do canal ter deixado de exibir clipes (alegando que o Youtube tá ai para isso), os VMAs, premiação que celebra os melhores vídeos do ano, continua sendo um evento de enorme importância para a emissora e, desde seu início, em 1984, é palco de muitos momentos e performances inesquecíveis e que entraram para a história da cultura pop.

O canal também contribuiu com várias programas que viraram fenômenos pop. Porém, nos últimos anos, a MTV estava passando por um período de vacas magras. Seu último grande hit, The Hills, havia estreado em 2005 e estava em decadência fazia pelo menos três anos.

Os críticos diziam que o público finalmente tinha se cansado de realities trashy e que o canal tinha perdido a conexão com o público jovem.

Ironicamente, a salvação veio na forma de um reality show que é o cumulo da trashyness: Jersey Shore.

Jersey Shore é um reality do gênero "vamos jogar um monte de freaks numa jaula e rir". A proposta é simples: um grupo de guidos e guidettes morando juntos numa casa no litoral de New Jersey, a central dos guidos.

Mas o que são guidos, afinal?

Guidos são, em geral, italo-americanos, jovens e com um estilo um pouco questionável. Os homens pesam a mão nos anabolizantes e não economizam no gel. As mulheres tem extensões vagabas no cabelo e peitos gigantescos siliconados. Ambos se vestem de maneira extremamente chamativa, cafona e são totalmente obcecados com bronzeamento artificial (para ser um guido você tem que ter a pele de cor laranja).

Então, a MTV escolheu oito guidos extremamente efusivos e narcisistas e os colocou para morar e trabalhar juntos na cidade de Jersey Shore. Todos atendem por um apelido. São eles:


Jolie, a "quinta Beatle"; Mike aponta orgulhosamente para "a situação"; Snooki e seu poof capilar


Mike "The Situation" - Mike virou o rapaz mais popular do elenco. Ele se refere ao seu abdômen absurdamente sarado como "a situação" e é daí que vem o apelido. Ele é extremamente confiante e apaixonado por si mesmo e por seu corpo "de Rambo" mas tem um lado sensível e acaba se apaixonando por Samii "Sweetheart".

Angelina "Jolie" - Jolie é de Nova Iorque e se auto-proclama a "Kim Kardashian de Staten Island" pelo fato de, assim como a socialite, ela não ter ser submetido a nenhuma plástica (supostamente). Apesar da falta de intervenção cirúrgica, ela tem peitos "suculentos" e uma "bunda gorda e gostosa".

Ela odeia o trabalho que eles são obrigados a fazer (vender camisetas) e acha que está acima disso pois ela é "uma bartender que faz coisas maravilhosas".

Durante sua estadia na casa, ela trai o namorado e eles terminam. Por causa disso, ela se recusa a ir trabalhar, o que acaba resultando na sua expulsão da casa no quarto episódio.

Sobre a saída dela do programa, Mike "The Situation" concluiu que, depois do sucesso, Angelina deve estar se sentindo "o quinto Beatle".

Nicole "Snooki" - Com seu jeitinho efusivo, sua cor laranja, maquiagem exagerada, topete, vozinha fina e seu 1,40 metro de altura, Snooki se tornou a mais famosa do elenco. Ela aceitou ir para a casa pois ela está em busca do homem dos seus sonhos ("bronzeado, suculento, guido e anabolizado. Se eu achar um assim, eu caso").

Nicole ganhou enorme atenção da mídia ao ser agredida por um homem numa briga de bar (a cena pode ser vista aqui). Apesar da MTV ter usado a cena diversas vezes em anúncios e trailers, o canal decidiu, no último momento, não levar ao ar o episódio.

Snooki está sempre com um boné com a frase Pornstar in Training estampada. Ela também come pickles de uma maneira muito peculiar: antes de come-lo, ela suga todo o suco de dentro dele.


DJ Pauly D; J-Wowww sempre muito recatada e timida e Ronnie.

Paul "DJ Pauly D" - De Rhode Island, Pauly D trabalha como DJ e, de acordo com o próprio, é bizarramente popular entre as mulheres. O comprometimento dele com o "estilo de vida Guido" é tanto que ele tem uma câmara de bronzeamento em sua casa e gasta 25 minutos para deixar o cabelo do jeito ideal. Toda vez que fica animado com algo, ele dá socos no ar (fist-pumping). Ah, e ele tem um piercing no pênis.

Jennifer "J-WOWW" - Jennifer é uma promoter de Franklin Square, Nova Iorque. O seu apelido vem da reação que ela causa quando entra num bar ou numa boate. Ela se diz selvagem, corajosa e afirma que, depois da transa, assim como os lovadeuses fêmeas, "arranca a cabeça dos homens fora". Impulsiva e inconseqüente, tem um lado sensível que faz com que ela acabe se tornando a "irmãzona" de todos. Ao entrar na casa, estava num relacionamento sério porém trai o namorado com Pauly D e os dois acabam rompendo.

Ronnie - Ronnie vem de uma família tipicamente italiana, gigantesca e hiper-protetora. Ele mesmo reconhece que é um "filhinho de mamãe". Com 21 anos, é o mas novo da casa.


Samii e Vinny, demonstrando como é bom na arte do fist-pump: é o amor

Samii "Sweetheart" - Samii se auto-proclama "the sweetest bitch you'll ever meet". Com as amigas, ela é uma fofa. Porém, com os garotos, ela é uma heartbreaker. Samii faz parte de um triângulo amoroso e é disputada por "The Situation" e por Vinny.

Vinny - A unica limitação que ele se impôs antes de entrar na casa foi de "não se apaixonar". Porém, ele conhece Samii e logo esquece do que tinha se prometido.

Mesmo antes da estréia, Jersey Shore já estava causado controvérsia. A associação UNICO, que representa os descendentes de italianos nos EUA, foi a primeira em protestar, alegando que o programa iria retratar italo-americanos de maneira estereotipada e negativa e incentivando anunciantes a boicotarem o programa. A campanha foi bem-sucedida inicialmente, com empresas como a Domino's (que, puxa, é toda uma referência em cozinha italiana, né?) se recusando a anunciar no programa.

Os residentes de Jersey Shore também não ficaram nada felizes com o jeito que a sua cidade estaria sendo retratada (o grupo Jersey Shore da MTV é uma desgraça para Jersey Shore e seus habitantes tem mais de 70 mil membros, já o Pessoas de New Jersey NÃO agem como o elenco de Jersey Shore tem 42 mil. Porém, nenhum dos dois chega perto do grupo de apreciadores do reality com mais de 570 mil fãs).


Mas o programa estreou, virou um grande sucesso e todos os protestos viraram insignificantes. O reality tem atingido audiências altíssimas, foi destaque no New York Times e é conteúdo fixo em todas as revistas e sites de fofoca. Os jovens americanos começaram até a incorporar trejeitos (fist-pumping) e gírias usadas no programa em seu dia-a-dia.


Leo e JWoww registram o encontro com uma foto de celular

Leonardo DiCaprio, Lindsay Lohan, Katy Perry e Mila Kunis são alguns dos fãs famosos do programa. Lauren Conrad, ex-protagonista de The Hills, também afirmou estar completamente obcecada com o novo sucesso da MTV.

Como todo fenômeno pop, o programa já foi parodiado por programas de humor, como o Saturday Night Live. Além disso, para promover o filme Youth in Revolt, Michael Cera (de Juno) teve aulas com o elenco do programa para aprender a ser um guido.

Ficou curiosos e quer conferir what all the hype is about? O site oficial disponibiliza todos os episódios. O programa é divertido e não se leva a sério e, por isso, tem meu selo de aprovação.

Antes de Jersey Shore... Uma olhada nos outros fenômenos pops da MTV

Em 1992, surgiu na MTV um dos primeiros reality shows da história: The Real World com um formato que, mais recentemente, foi apropriado pelo Big Brother. Desde sua estréia, o programa virou um gigantesco sucesso, sendo um dos realitys mais reconhecíveis dos EUA. The Real World continua no ar até os dias de hoje e atualmente está em sua 23ª temporada.


Beavis & Butthead: sucesso pop em meados dos anos 90

Em 1993, o desenho Beavis & Butthead, sobre dois adolescentes texanos débeis mentais, virou um gigantesco fenômeno. O programa durou 4 anos e deu origem a um filme que foi um grande sucesso de bilheteria nos EUA. Cher aceitou gravar um dueto com a dupla e eles até apresentaram um prêmio nos Oscars de 1997. O programa teve um bem-sucedido spin-off, Daria, sobre uma garota adolescente inteligentissima, sarcástica e incrivelmente cínica.


Carson Daly e Britney Spears: TRL foi vital para o teen pop e vice-versa

Em 1998, estreou na MTV Total Request Live apresentado por Carson Daly. O TRL tinha como função fazer uma contagem dos vídeos mais populares entre os telespectadores e também recebia diariamente convidados ilustres e populares entre os adolescentes. O programa se transformou num dos shows mais iconicos da emissora e é creditado como um dos responsáveis pela explosão do teen pop (Nsync, Backstreet Boys, Britney Spears, Christina Aguilera, etc) nos EUA .

O TRL era apresentado diretamente de Times Square num estúdio com paredes de vidro e, quando um artista excepcionalmente popular ia ao programa (como o Nsync, a Britney ou os BSB), o centro de Nova Iorque era invadido por milhares de adolescentes histéricas.


Em 2008, depois de dez anos, o programa finalmente chegou ao fim com um especial cheio de convidados A-listers e exibições dos momentos mais marcantes. A decadência do programa começou por volta de 2003, com a queda em popularidade do pop chiclete adolescente e a saída do popular VJ Carson Daly.


Jackass

Em 2000, Jackass, o programa onde Johnny Knoxville fazia stunts inacreditavelmente perigosos e nojentos, foi o enorme sucesso da vez, dando origem a dois bem-sucedidos spin-off para cinema (que lucraram mais de 150 milhões de dólares juntos. Um terceiro, em 3D, está em produção) e estimulando a criação de vários programas similares (Wild Boyz, Viva la Bam, The Dudsons, Dirty Sanchez, entre outros).


The Osbournes

Em 2002, a MTV, que introduziu o reality no mundo com The Real World, deu outro gigantesco passo para a história dos realities com a estréia de The Osbournes.

Hoje em dia, esse tipo de programa pode ser banal mas na época, The Osbournes, que mostrava a vida da família aloucada de Ozzy na riquíssima e tradicional Beverly Hills, era groundbreaking afinal foi o primeiro reality a mostrar de perto a vida de uma celebridade.

O programa foi um gigantesco fenômeno social, atraindo mais de 6 milhões de telespectadores. Até hoje, ele está entre os mais vistos da história da MTV.


Newlyweds

Em 2003, a MTV estreou Newlyweds: Nick & Jessica, mostrando a vida de recém-casados de Nick Lachey e Jessica Simpson.

Jessica Simpson era uma cantora pop famosa, uma wannabe de Christina Aguilera e Britney Spears (nos tempos de teen pop de ambas) que conseguiu se tornar um household name mas nunca obteve gigantesco sucesso.

Nick Lachey era o membro mais famoso da boyband 98 Degrees. De novo, ele e a banda obtiveram certo grau de sucesso e reconhecimento dentro dos EUA mas nunca conseguiram alcançar o nível de fama do NSync ou dos Backstreet Boys.

No programa, Jessica fazia o papel da típica "loura burra". Em uma cena que virou parte da cultura pop americana, Jessica pergunta, enquanto come atum da marca Chicken of the Sea: "Isso que eu tô comendo é peixe ou galinha? Eu sei que é atum mas o nome é Chicken by the Sea (sic)".

Já Nick fazia o papel do marido perfeito: compreensivo, apaixonado e paciente.

O reality se tornou um gigantesco sucesso, transformou Jessica Simpson numa celebridade gigantesca, uma das pessoas mais amada dos EUA, icone fashion e até atriz bem sucedida de Hollywood (ela interpretou Daisy Duke no filme The Duckes of Hazzard cujo sucesso foi basicamente atribuído a ela. Ironicamente, o protagonista do filme era outra estrela da MTV: Johnny Knoxville, o Jackass). O programa também beneficiou enormemente as vendas de seu terceiro CD, In this Skin, que vendeu 3 milhões de cópias, o mais vendido de sua carreira. Nick não foi tão beneficiado mas o seu name recognition também aumentou gigantescamente após o reality.

O programa acabou quando Nick e Jessica se divorciaram em 2005. Ambos confirmaram que a constante presença de câmeras desgastou enormemente o relacionamento.

Hoje em dia, Jessica não tem a credibilidade e o status que ela tinha na época que o programa estava no ar (e todos os CDs e filmes que ela lançou desde então fracassaram) mas ela ainda consegue capas de revistas extremamente prestigiosas, tem uma gigantesca linha de produtos (sua linha de roupas e sapatos é um dos casos de celebrity deals mais bem sucedidos da história) e é conhecida por absolutamente toda a população americana.


Ashlee Simpson

Na onda do sucesso de Jessica, a irmã dela , Ashlee, também se beneficiou. A jovem ganhou seu próprio reality show, The Ashlee Simpson Show, que a mostrava preparando e escrevendo seu primeiro CD ao mesmo tempo que tentava sair da sombra da irmã. O álbum em questão, Autobiography, foi um gigantesco sucesso, vendendo mais de 4 milhões de cópias. Assim como Jessica, as vendas de Ashlee caíram enormemente depois que seu programa saiu do ar e ela nunca mais conseguiu emplacar um álbum de sucesso mas ela também é uma constante presença na imprensa e uma personalidade conhecida por todos.



Laguna Beach

Em 2004, com o sucesso de The OC entre o público adolescente, o canal decidiu fazer um reality show mostrando a vida de jovens privilegiados que vivem em Orange County. O programa em questão, Laguna Beach, virou um gigantesco fenômeno e a audiência do reality inclusive superou o seriado em que ele foi inspirado. Laguna Beach tinha um formato pioneiro (filmado por câmeras de cinema e contado como se fosse uma série, não um reality) que teve um grande impacto em todos os realities americanos subseqüentes.


The Hills

Em 2006, The Hills, um spin-off de Laguna Beach que mostrava Lauren Conrad indo viver em Los Angeles para trabalhar na indústria de moda se tornou outro fenômeno pop, transformando a garota numa enorme celebridade. Revistas e sites de fofoca foram completamente dominados por notícias sobre o reality (clique aqui para um pop art sobre o reality), a MTV bateu recordes de audiência, a Teen Vogue, revista onde Lauren trabalhava no programa, viu sua circulação crescer e o programa se transformou num gigantesco sucesso entre garotas adolescentes e mulheres na casa dos 20 anos.

Porém, o programa começou a ficar cada vez mais falso e exagerado, os membros do elenco (como Heidi Montag e Spencer Pratt) começaram a perder o senso de ridículo e fazer absolutamente qualquer coisa por atenção e a popularidade de The Hills entrou em queda. No fim de 2009, Lauren resolveu deixar o programa e, para substitui-la como protagonista, a MTV chamou Kristin Cavallari que, alguns anos antes, tinha sido a rival da moça em Laguna Beach. O canal esperava que a mudança fosse revitalizar o programa mas, ao invés disso, só fez com que ele ficasse ainda mais hiperbolicamente falso e que a audiência caísse ainda mais.

Apesar do programa estar em decadência, ele continuou sendo o programa mais visto do canal até a estréia de Jersey Shore.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Chart watch: as músicas que causaram na última semana



Como não existe nenhuma música nova nos charts essa semana, esse post não inclui vídeos. Mas, caso tenha curiosidade de conferir os singles mencionadas, clique na tag de charts ai em baixo.

No Reino Unido, Replay segue na primeira posição pela segunda semana consecutiva. O single vendeu 87 mil cópias essa semana e, em 2 semanas, já alcançou 200 mil cópias comercializadas. Já na Austrália, a música do caribenho Iyaz sobe três posições e completa 1 mês nas paradas alcançando sua posição mais alta, o sexto lugar. Nos EUA, a música está nos charts faz 22 semanas tendo chegado a segunda posição. Atualmente, a música se encontra em quarto na terra do Tio Sam (onde já foram vendidos mais de 2 milhões de cópias).


Apesar do lançamento oficial ser apenas em fevereiro, Fireflies do Owl City foi adicionado ao iTunes britânico na semana passada e vendeu 60 mil cópias, estreando na segunda posição no Reino Unido. Na Austrália, o single continua em primeiro lugar pela terceira semana consecutiva (e está nas paradas faz 2 meses). Nos EUA, a música de synthpop está nas paradas faz 21 semanas (duas delas em primeiro lugar), atualmente estando no quinto lugar.

O top 5 britânico é completo por Riverdance de Sidney Samson, Starstruck de 3OH!3 com Katy Perry e a versão de Don't Stop Believin' cantado pelo elenco de Glee (o seriado acabou de estrear no Reino Unido). A versão original da música, cantada pelo Journey, está em sexto lugar no país (alias, aguardem, porque Don't Stop Believin' ganhará um post especial).

O top 5 dos EUA tem TiK ToK em primeiro lugar, Bad Romance em segundo, Empire State of Mind em terceiro, Replay em quarto e Fireflies em quinto. Mais sobre as paradas americanas, que foram completamente dominadas por Ke$ha, aqui.

A parada australiana é bastante similar a dos EUA: Fireflies em primeiro, TiK ToK em segundo, Bad Romance em terceiro, Empire State of Mind em quarto e Watcha Say do Jason DeRulo em quinto. Assim como nos Estados Unidos, Blah Blah Blah, a colaboração de Ke$ha com 3OH!3, teve vendas altíssimas apesar de não ser um single e estreou dentro do top 10, na sétima posição.



Na parada de CDs britânicas, Florence & the Machine finalmente alcança o primeiro lugar depois de 6 meses (o álbum já passou 6 semanas no segundo lugar mas nunca tinha alcançado o topo). O álbum tem ganho força recentemente graças ao sucesso do single You've Got the Love (que, semana passada, se tornou o primeiro single deles a alcançar o top 5). O CD da banda de Florence Welsh vendeu 51 mil cópias, fazendo com que Lungs ultrapassasse 600 mil cópias comercializadas. Tudo indica que, até o final do ano, o álbum terá ultrapassado a barreira de 1 milhão de cópias.

Quem conseguiu ultrapassar a cobiçada barreira, depois de 9 meses, foi o escocês Paolo Nutini. Seu CD, Sunny Side-up se mantém firme no segundo lugar, com vendas de 50 mil cópias.

A banda americana Vampire Weekend é o inesperado sucesso da semana. O segundo CD da banda, Contra, estréia em terceiro na Grã-Bretanha, segundo na Austrália e está previsto para estrear no topo nos EUA.

Caminhando para as 2 milhões de cópias vendidas na Grã-Bretanha, The Fame de Lady Gaga está em quarto lugar na semana. Encerrando o top 5 britânico, a banda de rock jovem You and Me at Six que vendeu 20 mil cópias.

Na Austrália, Susan Boyle continua no topo pela oitava semana consecutiva. Além de Vampire Weekend, a única nova estréia no top 5 é Ke$ha que alcançou a quarta posição com o seu CD Animal. Michael Bublé, Black Eyed Peas e Lady Gaga também estão entre os mais vendidos.

Já nos EUA, Ke$ha está no topo das paradas de CDs (como tratado
aqui). O top 5 é completamente dominado por cantoras solo: Susan Boyle se mantém firme em segundo, seguida de Lady Gaga, Alicia Keys e Mary J Blige.

One hit wonder my a$$

Nesse post eu prometi que ia ficar de olho na evolução da carreira de Ke$ha, a aposta mais óbvia para ser "a grande revelação de 2010". Por enquanto, ela tem cumprido as expectativas (embora 2010 ainda mal tenha começado e ainda tenha MUITO tempo para outras revelações surgirem).



Essa semana, o CD dela, Animal, finalmente foi lançando nos EUA. E o álbum estreou muitíssimo bem, acabando o reinado de 6 semanas de Susan Boyle no topo. Foram vendidas 152 mil cópias ao longo da semana, um número bastante alto e acima das expectativas.

Mas mais impressionante que as vendas do álbum foi o sucesso da música Blah Blah Blah, uma colaboração com o 3OH!3 (que, na Európa, está fazendo grande sucesso com um single com a participação de Katy Perry que, alias, é amiga de Ke$ha). Sem nenhuma promoção e sem nem sequer ser um single, a música vendeu impressionantes 206 mil cópias. A única música que vendeu mais ao longo da semana foi TiK ToK, com 270 mil downloads.

Ke$ha foi primeiro lugar tanto na parada de vendas de CD quanto no Hot 100 (que combina vendas com airplay na rádio). Blah Blah Blah estreou em sétimo lugar apesar de não ter praticamente nenhum spin nas estações musicais, graças apenas as altas vendas.

Sinceramente, não gostei muito de Blah Blah Blah não. Achei chatinha e acho que exageraram um pouco no autotune. Mas façam seus próprios julgamentos:



Alias, baixei o CD de Ke$ha inteiro e todas as músicas são bem nesse estilo, que te deixam com vontade de dançar e grudam na cabeça. Nada extremamente profundo ou introspectivo, só músicas de festa, bem pop com letras bobas e pegajosas (bem no estilo de TiK ToK). Para ser sincero, não achei Animal grandes coisas (apesar de amar party songs) mas a minha favorita do CD é Take It Off:



Enfim, Ke$ha já provou que não é um one hit wonder. E sugiro que ela comemore o sucesso tomando um bom e caprichado banho. Ke$ha, pare de fazer charminho, o seu CD está vendendo por causa de suas músicas catchy, não porque você tem um pé sujo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Causou em 2009 (parte 2)

Michael Jackson



Na década de 80, Michael Jackson se transformou na maior estrela do mundo. Um dançarino soberbo, com músicas catchy e divertidas e vídeo clipes impressionantes, ele alcançou um nível de fama experimentado por pouquíssimas pessoas (Beatles, Elvis Presley) e foi nomeado justamente como o Rei do Pop.

Porém, o tempo foi passando, as cirurgias plásticas foram ficando mais assustadoras, as acusações de abuso sexual foram ficando cada vez mais constantes e todo mundo o abandonou. Aos poucos, Michael foi enlouquecendo e, na última decada, seu talento foi esquecido e ele se transformou num freak a la Marylin Manson.

O mundo se lembrou que ele ainda era o Rei quando, apesar de tudo, os 50 shows que ele planejava fazer na O2 Arena em Londres se esgotaram em minutos.

Porém, em junho, Michael Jackson morreu sob circunstâncias meio misteriosas. E, ao perder um dos astros mais amados de todos os tempos, o mundo se deu conta do que perdeu.

Em 2009, só se falou de Michael Jackson. As músicas dele voltaram a alta rotação, todo mundo correu para comprar seus álbuns e DVDs, o filme documentando os ensaios de sua turnê que nunca aconteceu quebrou recordes de bilheteria e uma nova geração descobriu o Rei do Pop e sua genialidade.



Beyoncé & Jay-Z



O power couple do hip-hop, Beyoncé e Jay-Z causaram muito ao longo de 2009.

No fim de 2008, Beyoncé já estava a mil: Single Ladies já era um grande fenômeno, com o vídeo musical hipnotizando milhões de pessoas mundo afora (inclusive Kanye West).

E, durante 2009, Beyoncé seguiu firme e forte: os singles Halo e Sweet Dreams foram sucessos globais, o CD vendeu milhões e ela foi indicada para nada menos que 10 Grammys, um recorde para uma cantora pop.

No Brasil especificamente a texana alcançou um sucesso que faz anos não era alcançado por nenhum artista internacional. Halo, impulsionado pelo fato de ter sido escolhida como parte da trilha sonora da novela das 8, Caminho das Índias, foi a música mais tocada pelas rádios em 2009. O seu CD, I Am Sasha Fierce, vendeu 250 mil cópias, obtendo disco de diamante, um resultado impressionante para o mercado nacional quase morto. Para agradecer ao carinho, Beyoncé encerrará sua turnê global com quatro shows no país.

Já Jay-Z também teve um ano maravilhoso: seu CD, The Blueprint 3, estreou no topo nos EUA, com vendas altíssimas. Foi o 11º número 1 do rapper e, com isso, ele empatou com Elvis Presley como o artista com mais álbuns chart-toppers no país (e ninguém duvida que, com o próximo CD, ele quebrara esse recorde).

Além disso, o CD teve críticas extremamente positiva, consolidando o papel dele como o "Papa do Rap". E, claro, o álbum originou dois gigantescos sucessos globais: Run this Town e, o mais marcante, Empire State of Mind.



Megan Fox
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O segundo filme da franquia Transformers foi o filme com a maior bilheteria do ano nos EUA (e terceiro no mundo, depois de Harry Potter e Ice Age) e transformou Megan Fox no principal sex symbol de 2009. Apesar do seu filme solo Jennifer's Body (escrito pela hyped Diablo Cody, roteirista de Juno) ter fracassado, Fox foi convidada para abrir a temporada do Saturday Night Live (algo reservado para estrelas de enorme porte), foi capa de absolutamente todas as revistas e foi nomeada incontáveis vezes como "a nova Angelina Jolie".

Com sua cara de poucos amigos e entrevistas meio inconseqüentes, Megan atraiu uma quantidade enorme de haters mas, como sua comunidade no Facebook não deixa duvidas, também fez milhões caírem de amor por ela (com quase 6 milhões de fãs, ela é mais popular no site de relacionamentos do que Gaga, Britney, Rihanna e Beyoncé).



Justin Bieber



Jonas Brothers são coisas do passado. Justin Bieber, 15 é o novo pin-up de garotas de 11 anos mundo afora, gerando histeria e até revoltas.

Bieber surgiu no Youtube, onde um video dele fazendo um cover do Ne-Yo virou um gigantesco sucesso viral. O burburinho foi tamanho que tanto Justin Timberlake quanto Usher foram atrás do menino querendo contrata-lo.

Bieber optou por Usher e ninguém duvida que ele fez a escolha certa: hoje em dia, não existe nenhuma celebridade mais popular entre as pré-adolescentes.

O mais impressionante de tudo: diferente de Miley, Jonas, Demi Lovato e Selena Gomez, outras uber-stars entre as crianças, ele não tem nenhum tipo de vinculação com o Disney Channel.

Em novembro do ano passado, uma aparição dele num shopping de New Jersey foi tão concorrida que a performance teve que ser cancelada por razões de segurança. Resultado? Uma revolta que deixou alguns fãs levemente feridos e levou o V.P. da gravadora de Bieber para a prisão.

O seu primeiro single, One Time, já vendeu mais de 1 milhão de cópias nos EUA e alcançou o top 20 da Billboard. O seu segundo, One Less Lonely Girl, também não fez feio. Seu EP, My World, estreou em sexto e já vendeu mais de 500 mil cópias até o momento.

E isso tudo é só o começo. Bieber prometer continuar crescendo em 2010. E vamos torcer para que ele cresça não apenas no sentido metafórico, né? Porque apesar dele ter 15 anos, quase 16, ele parece estar LONGE de alcançar a puberdade.

Sandra Bullock



Quem diria que só 15 anos depois de Speed (Velocidade Máxima), Sandra Bullock iria alcançar o ápice?


E o mais impressionante: Bullock conseguiu isso aos 45 anos, ou seja, como uma velha caquética no mundo hollywoodiano.

A sua comédia romântica, The Proposal (A Proposta), foi um sucesso de critica e de bilheteria, arrecadando 315 milhões de dólares e se tornando um dos filmes do gênero de maior sucesso de todos os tempos.

Mas mais impressionante foi o sucesso de The Blind Side. O drama, baseado numa história real, é sobre uma mulher do interior que adota um adolescente e ajuda a transforma-lo num dos jogadores de futebol americano mais bem-sucedidos de todos.

O filme arrecadou 215 milhões de dólares apenas nos EUA (mais do dobro do que The Proposal conseguiu domesticamente) e a performance de Sandra foi altamente elogiada com muitos apostando que ela pode levar o Oscar de Melhor Atriz esse ano.

Como se isso tudo não fosse o suficiente, The Blindside é o filme com uma unica atriz como headliner que mais arrecadou na história. Explicando melhor: o poster de The Blindside trazia apenas um nome: o de Sandra (diferente de The Proposal, por exemplo, que tinha o nome de Sandra e de Ryan Reynolds) e é a primeira vez que um filme que tem apenas uma mulher como headliner ultrapassa os 200 milhões (e o filme ainda nem foi lançado internacionalmente!).

Com dois gigantescos sucessos, o fracasso de All About Steve, filme que ela produziu e estrelou, que teve as piores críticas do ano e arrecadou apenas 33 milhões de dólares, foi completamente perdoado.



Black Eyed Peas



Os Black Eyed Peas sempre colocaram todo mundo para dançar com seus hits. Mas nunca eles tinham obtido sucessos tão devastadoramente grandes: I Gotta Feeling foi o maior hit do ano. O segundo maior? Boom Boom Pow. E, claro, Meet Me Halfway também alcançou o topo no mundo inteiro.

O grupo, liderado por Will.I.Am e Fergie, foi o unico que rivalizou com Gaga pelo monopólio das pistas de danças e estações de rádios.

Rihanna



Depois de anos com sucessinhos (S.O.S., Pon de Replay, Unfaithful), Rihanna estourou de vez em 2008: Umbrella, Please Don't Stop the Music, Take a Bow e Disturbia foram sucessos mega ultra gigantescos e tudo que a caribenha cantava ia direto para o topo das paradas.

Porém, apesar de ter se tornado uma das maiores pop stars do mundo, ela sempre conseguiu manter sua vida relativamente livre de escândalos. A unica informação sobre sua vida pessoa que causava certo rebuliço era seu namoro (nunca confirmado oficialmente) com Chris Brown que, assim como ela, era jovem, bonito, extremamente talentoso e uma das estrelas mais promissoras da musica.

O ano de 2009 mal tinha começado quando a maior celeb story do ano aconteceu: Chris espancou Rihanna nas vésperas da cerimônia do Grammy, onde os dois iriam cantar juntos.

As informações não eram muito claras até que uma foto de Rihanna com a cara completamente destruída e inchada vazou e chocou o planeta.

Pronto, como a própria descreveu, "eu fui dormir Rihanna e acordei como Britney Spears". Paparazzos a seguiam por todos os cantos, helicópteros circundavam sua casa.

Sua decisão de voltar para Brown -- ambos foram vistos sorridentes andando de jet-ski numa mansão em Miami pertencente a Diddy -- causou polêmica e, pouco depois, a interprete se separou oficialmente dele.

Ao longo do ano, Rihanna se manteve low profile, não dando nenhuma entrevista ou informação sobre o assunto.

Porém, no final do ano, Rated R, seu quarto álbum, chegou as lojas. E apesar de não ter sido um sucesso de cara, provou que a jovem interprete não tinha medo de arriscar: tinha um som dark e maduro, completamente diferente do que já tinhamos ouvido antes. A crítica aprovou: o álbum foi enormemente elogiado e foi escolhida pela Entertainment Weekly como o CD do ano.

Rihanna também deu sua primeira entrevista para a respeitada jornalista Diana Sawyer e impressionou a todos ao se mostrar extremamente lúcida e honesta, dando respostas diretas e seguras e respondendo tudo sem duvidar.

E agora, Rihanna quer virar a página. E, em 2010, com Chris Brown e Umbrella no passado, ela começa um novo capítulo em sua carreira.



Dr Luke

Dr. Luke foi para 2009 o que o Timbaland foi para 2006. Porém existe uma diferença entre os dois mega-produtores: enquanto Timbaland não tinha medo de aparecer na frente das câmeras, estrelando em clipes juntos com artistas de grande porte e inclusive lançando seus próprios CDs, Dr. Luke trabalha estritamente nos bastidores. Portanto, muita gente nunca ouviu falar dele.

Mas, mesmo sem saber quem ele é, pode ter certeza que você já ouviu MUITAS músicas dele: foi ele que produziu Girlfriend, da Avril Lavigne, Hot and Cold e I Kissed A Girl, da Katy Perry e So What?, da Pink. Em 2009, ele foi responsável por nada menos do que cinco number 1 hits: Circus, da Britney Spears, My Life Would Suck Without You, da Kelly Clarkson, Party in the USA, da Miley Cyrus, Right Round, do Flo-Rida e TiK-ToK, da Ke$ha. Alias, é o Dr. Luke o homem responsável por toda a carreira de Ke$ha, a aposta para 2010, tendo contratado-a e produzido todo seu CD.

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