A música só invadiu as paradas globais em setembro mas no mês de agosto, a Coréia do Sul já estava mais do que entregue ao fenômeno Gangnam Style. PSY reuniu 40 mil pessoas no Estádio Olímpico de Seoul e colocou os locais -- conhecidos pela modéstia e tímidez -- numa festa frenética de dança.
Rapidamente, a música invadiu os EUA e até Britney Spears quis aprender a coreografia num momento que, assim como o vídeo musical original, também virou um sucesso viral.
Se você é parodiado no Saturday Night Live pode ter certeza que você entrou para os anais da cultura pop. E esse sketch foi o empurrãozinho para levar a música do PSY para o topo do iTunes estado-unidense.
Um sucesso viral não é um sucesso viral até o Latino fazer seu próprio cover. Depois de Dragonstea Din Tei/Festa no Apê e Danza Kuduro, o ex da Kelly Key fez sua própria versão do hit do PSY. Mas, enquanto os hits anteriores deles foram prontamente abraçados por nós brasileiros, o público se encarinhou tanto com a versão original coreana que a interpretação de Latino causou enorme revolta nas redes sociais e o moço teve que dar explicações via Twitter.
Não satisfeito com os EUA, PSY foi comemorar o sucesso de Gangnam Style na Austrália -- onde o single é a música mais vendida do ano até o momento -- cantando no X Factor local. A apresentação bateu recorde de audiência e o intérprete ainda ensinou a dança para a Scary Spice Mel B, que é jurada no programa.
Na Europa, a música alcançou o topo em mais de 15 países, inclusive os três maiores mercados -- Reino Unido, Alemanha e França. Em Paris, Cauet, uma personalidade de rádio da estação mais ouvida do país, NRJ, juntou 20 mil pessoas para dançar a música com PSY no Trocadero. Foi o maior flashmob já organizado na França.
No MTV Europe Music Awards, PSY foi considerado o ponto alto da noite. Ele ainda levou o prêmio de Melhor Vídeo do Ano, derrotando Rihanna, Katy Perry e Lady Gaga.
Ele também marcou presença no show de Madonna no Madison Square Garden, onde colocou a Rainha do Pop para fazer a já clássica dançinha do cavalo.
Em algo que já está virando tradição para PSY, ele foi novamente o ponto alto de mais uma premiação, dessa vez o American Music Awards. Ele fechou a noite com uma super apresentação que incluiu a aparição de MC Hammer e um mash-up com Too Legit To Quit. Depois da performance, a música voltou para o topo do iTunes estado-unidense pela 2897238ª vez.
Se tem alguém orgulhoso com o sucesso internacional de PSY são os seus conterrâneos sul-coreanos. Para comemorar o fenômeno, 100 mil pessoas (!!!) se juntaram no centro da cidade de Seoul para dançar o Gangnam Style.
Fun fact: Gangnam Style atingiu o topo de 90% dos mercados mais importantes do mundo. Com uma notável exceção: Japão, o segundo maior mercado fonográfico do mundo depois dos EUA, onde a música foi quase que completamente ignorado. O fato fica ainda mais curioso quando se leva em consideração que o Japão é o segundo maior mercado do mundo para o Kpop (depois da Coréia do Sul, óbvio) e quando se fala em lucro, o país -- com uma população muito maior que a Coréia do Sul -- é responsável por 80% de todo o rendimento internacional do gênero (inclusive, o mercado japonês dá mais lucro do que o mercado sul-coreano).
O porque dos japoneses terem ignorado PSY é questão de muito debate na internet (uma das teorias mais populares é que esse tipo de vídeo musical comédia já é algo saturado pelos comediantes locais, de modo que o Gangnam Style não se destacou no país) mas o fato é que o artista parece ter se dado por satisfeito com o resto do mundo se rendendo a ele e, num ato raro para um artista coreano, optou por não promover a música no Japão. Uma versão adaptada da música -- entitulada Roppongi Style (Roppongi sendo o equivalente japonês ao bairro Gangnam de Seoul) -- chegou a ser gravada mas o lançamento foi cancelado.
O resto da Ásia, contudo, não seguiu o lead do Japão e, assim como por aqui, a música é inescapavel em todo o resto da região. Quer dizer, tirando a Coréia do Norte, eu suponho...
O resto da Ásia, contudo, não seguiu o lead do Japão e, assim como por aqui, a música é inescapavel em todo o resto da região. Quer dizer, tirando a Coréia do Norte, eu suponho...
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