Depois de anos sendo um pop culture junkie, finalmente resolvi canalizar minhas energias em algo útil (assim, dependendo da sua perspectiva). Esse blog tem, portanto, o objetivo de documentar quem está causando na cultura pop mas não comentando do óbvio e sim antecipando tendências e o que está por vir. E-mail me @ tacausando@gmail.com. Mais sobre a nossa proposta.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Pop art: O reinado de Cheryl Cole
Complemento do post Biggest UK Celeb Stories.
Para ganhar o título de namoradinha de um país, você tem que agradar a todo mundo. E a montagem acima é a prova de que todos os targets amam Cheryl Cole: além das revistas de fofoca de praxe, ela também aparece na capa da Vogue e da Elle, da revista masculina FHM, da respeitadíssima revista musical Q, da revista adolescente Sugar, da pré-adolescente Mizz e assim por diante.
Pop art: O adeus de Jade Goody
Complemento do post Biggest UK Celeb Stories.
Taí a prova máxima de que a imprensa e as celebridades britânicas não tem nenhum tipo de vergonha na cara.
Taí a prova máxima de que a imprensa e as celebridades britânicas não tem nenhum tipo de vergonha na cara.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Pop art: a separação de Katie e Peter
Complemento do post Biggest UK Celeb Stories.
A montagem acima foi feita com capas de revistas e tablóides lançados entre maio e dezembro de 2009. E não, eu não usei nem METADE das capas em que eles apareceram ao longo desses 8 meses.
Retrospectiva UK 2009 Parte 1: Biggest celeb stories
OK, inqüestionavelmente, a maior celebridade que surgiu da Grã-Bretanha em 2009 foi Susan Boyle. Susan fez uma audição para o programa Britain's Got Talent, impressionou a todos, o vídeo caíu no Youtube e, pluft, da noite pro dia, a senhora escocesa tinha virado um fenômeno global, do Brasil ao Japão. Afinal, todo mundo ama uma underdog com uma triste história de vida que, against all odds, provou a todos do que ela é capaz (Cinderella, Uma Linda Mulher, Maria do Bairro, Betty a Feia e assim por diante).
Depois de sua chegada em gigantesco estilo, a imprensa britânica se esbaldou. Todos os tablóides estavam desesperados por furos sobre SuBo. Durante os primeiros dias, o interesse na humilde senhora era enorme, com notícias sobre seu talento e sua dura vida. Mas o lema da imprensa inglesa é "we'll build you up, we'll knock you down". Ou seja, eles vão te colocar lá em cima para depois te destruir sem nenhum pudor.
E, obviamente, foi isso que fizeram com Susan: sem saber lidar com a atenção descomunal que começou a receber, ela perdeu a calma e a compostura e os tablóides britânicos não perderam a oportunidade de noticiar todos os meltdowns e todos os ataques histéricos. "A fama estaria subindo com a cabeça de Susan?", "Susan Boyle age como uma diva", "Susan Boyle: mentalmente instável" e assim por diante . Preocupados com a saúde mental da senhora, os produtores do programa resolveram interna-la numa clínica psiquiátrica, o único lugar onde ela não seria incomodada por jornalistas.
Mas a superexposição a afetou seriamente, o público foi se cansando dela e, por isso, ela acabou não saindo vitoriosa do Britain's Got a Talent, perdendo para o o grupo de dança Diversity.
Lição aprendida, os produtores e empresários esconderam Susan enquanto ela gravava seu primeiro CD (as pressas, para estar disponível em todas as lojas mundo afora na temporada natalina) e assim evitar a superexposição. E, quando o CD foi lançado, SuBo voltou aos holofotes em grande estilo. Mas disso eu vou falar mais tarde...
A morte de Jade Goody
Nada nem ninguém representa melhor a bipolaridade e o maniqueísmo da imprensa britânica do que Jade Goody.
Jade foi apresentada ao público em 2002, quando ela entrou na terceira edição do Big Brother UK. Com uma família desestruturada e criada numa área barra pesada de Londres, Jade já chegou causando, falando as maiores burrices ("Rio de Janeiro? Não é um jogador de futebol?") e causando barracos. A imprensa inglesa, obviamente, não perdeu a oportunidade de ridiculariza-la mas o público foi conquistado pela irreverência e ingenuidade da moça, que era "gente como a gente", de classe trabalhadora. Isso fez com que os tablóides e as revistas de fofoca rapidamente mudassem o approach e começassem a trata-la de maneira muito mais cordial.
Jade ficou em quarto lugar mas, ao sair da casa, virou cliente do todo poderoso Max Clifford que, rapidamente, fez dela uma figura onipresente em revistas de fofoca e tablóides. E o público foi com a cara dela, afinal, como já estamos cansados de saber, todo mundo adora uma underdog.
E assim ela virou uma milionária lançando produtos de todos os tipos: autobiográfias que viraram best-seller, perfumes que voaram das prateleiras, diferentes reality shows, programas de perda de peso etc. A imprensa a amava e ela na capa de qualquer revista de fofoca era garantia de vendas altas.
Em 2007, ela aceitou fazer parte do Celebrity Big Brother (junto com a sua mãe e com seu namorado, Jack Tweedy). E essa decisão custou caro: pouco depois de sua chegada, ela arranjou problema com a atriz indiana Shilpa Shetty, começou a fazer bullying nela e, em questão de dias, se tornou a mulher mais odiada do país. A segurança na casa foi aumentada pela enorme quantidade de ameaças de morte e a situação ficou tão tensa que suspenderam a presença de platéia nos dias de eliminação no programa. A empresa que patrocinava o programa rapidamente anunciou que não queria mais qualquer tipo de vinculação com o Big Brother. A Ofcom, que regula os meios de comunicação no Reino Unido, recebeu mais de 50 mil reclamações sobre Jade e seu comportamento, um recorde. O país inteiro parou para debater se o comportamento dela tinha ou não motivação racista. A mansão em que ela vivia com seus dois filhos foi vandalizada. E o The Sun, o tablóide mais influente do país com uma circulação diária de mais de 3 milhões de cópias, ocupou sua primeira página inteira com a manchete Evict the Face of Hate (Eliminem o Rosto do Ódio), acompanhado de fotos dela irada aos berros com Shilpa.
Jade saiu da casa como a mulher mais detestada do país e foi direto para uma clinica psquiatrica (onde as celebridades inglesas vão quando querem se esconder da imprensa).
Depois de um ano bem low profile, Jade começou vagarosamente a voltar a aparecer na imprensa local e, para tentar se redimir completamente, resolveu participar da versão indiana do Big Brother. Foi através do exame médico que fez para entrar na casa que ela descobriu que tinha câncer cervical. E a partir daí, a imprensa britânica ganhou passe livre para cobrir absolutamente tudo: a quimioterapia, a perda de cabelo, a piora progressiva da doença, a despedida dela com os filhos, o 'casamento dos sonhos' dela e do namorado. Tudo foi documentado por absolutamente todos os tablóides, revistas de fofoca e sim, um reality show.
E isso dá uma idéia do NÍVEL da indústria de fofoca britânica. Da falta de vergonha na cara, da falta de pudores e da falta de limite. Jade e o seu onipresente empresário Max Clifford rebatiam as críticas com afirmações como "só quero juntar a maior quantidade de dinheiro possível para meus filhos" e "quero conscientizar o público sobre câncer cervical", deixando assim pouco espaço para comentários maliciosos.
O público se sensibilizou ao ver aquela mulher do povo, de classe trabalhadora, que todos acompanharam nos altos e nos baixos e que, ao longo dos anos, tinha virado uma figura onipresente nos meios de comunicação, careca, pálida, fraca, a beira da morte antes dos 30 anos, tendo que se despedir de seus dois filhos pequenos mas sempre com um sorriso no rosto.
Jade morreu no dia 22 de março, Dia das Mães (no UK), aos 27 anos. Todos os jornais, até os sérios e respeitados, prestaram suas homenagens e a colocaram na primeira página. Até Gordon Brown, o Primeiro Ministro, deu uma declaração emocionada sobre o falecimento dela (dizendo que o país inteiro admira sua coragem em ser tão pública com sua doença conscientizando o público sobre o cancer cervical e garantindo um bom futuro pros filhos). Shilpa Shetty, aquela que tinha sido vítima de bullying no Celebrity Big Brother, também falou palavras gentis sobre Jade e até David e Victoria Beckham mandaram flores com condolências.
Ela foi enterrada de maneira telenovelesca: com seu vestido de noiva e com fotos de seus dois filhos.
A carreira de Jade é, por si só, um ótimo (e assustador) estudo sociológico sobre a imprensa e o público britânico.
Jade foi apresentada ao público em 2002, quando ela entrou na terceira edição do Big Brother UK. Com uma família desestruturada e criada numa área barra pesada de Londres, Jade já chegou causando, falando as maiores burrices ("Rio de Janeiro? Não é um jogador de futebol?") e causando barracos. A imprensa inglesa, obviamente, não perdeu a oportunidade de ridiculariza-la mas o público foi conquistado pela irreverência e ingenuidade da moça, que era "gente como a gente", de classe trabalhadora. Isso fez com que os tablóides e as revistas de fofoca rapidamente mudassem o approach e começassem a trata-la de maneira muito mais cordial.
Jade ficou em quarto lugar mas, ao sair da casa, virou cliente do todo poderoso Max Clifford que, rapidamente, fez dela uma figura onipresente em revistas de fofoca e tablóides. E o público foi com a cara dela, afinal, como já estamos cansados de saber, todo mundo adora uma underdog.
E assim ela virou uma milionária lançando produtos de todos os tipos: autobiográfias que viraram best-seller, perfumes que voaram das prateleiras, diferentes reality shows, programas de perda de peso etc. A imprensa a amava e ela na capa de qualquer revista de fofoca era garantia de vendas altas.
Em 2007, ela aceitou fazer parte do Celebrity Big Brother (junto com a sua mãe e com seu namorado, Jack Tweedy). E essa decisão custou caro: pouco depois de sua chegada, ela arranjou problema com a atriz indiana Shilpa Shetty, começou a fazer bullying nela e, em questão de dias, se tornou a mulher mais odiada do país. A segurança na casa foi aumentada pela enorme quantidade de ameaças de morte e a situação ficou tão tensa que suspenderam a presença de platéia nos dias de eliminação no programa. A empresa que patrocinava o programa rapidamente anunciou que não queria mais qualquer tipo de vinculação com o Big Brother. A Ofcom, que regula os meios de comunicação no Reino Unido, recebeu mais de 50 mil reclamações sobre Jade e seu comportamento, um recorde. O país inteiro parou para debater se o comportamento dela tinha ou não motivação racista. A mansão em que ela vivia com seus dois filhos foi vandalizada. E o The Sun, o tablóide mais influente do país com uma circulação diária de mais de 3 milhões de cópias, ocupou sua primeira página inteira com a manchete Evict the Face of Hate (Eliminem o Rosto do Ódio), acompanhado de fotos dela irada aos berros com Shilpa.
Jade saiu da casa como a mulher mais detestada do país e foi direto para uma clinica psquiatrica (onde as celebridades inglesas vão quando querem se esconder da imprensa).
Depois de um ano bem low profile, Jade começou vagarosamente a voltar a aparecer na imprensa local e, para tentar se redimir completamente, resolveu participar da versão indiana do Big Brother. Foi através do exame médico que fez para entrar na casa que ela descobriu que tinha câncer cervical. E a partir daí, a imprensa britânica ganhou passe livre para cobrir absolutamente tudo: a quimioterapia, a perda de cabelo, a piora progressiva da doença, a despedida dela com os filhos, o 'casamento dos sonhos' dela e do namorado. Tudo foi documentado por absolutamente todos os tablóides, revistas de fofoca e sim, um reality show.
E isso dá uma idéia do NÍVEL da indústria de fofoca britânica. Da falta de vergonha na cara, da falta de pudores e da falta de limite. Jade e o seu onipresente empresário Max Clifford rebatiam as críticas com afirmações como "só quero juntar a maior quantidade de dinheiro possível para meus filhos" e "quero conscientizar o público sobre câncer cervical", deixando assim pouco espaço para comentários maliciosos.
O público se sensibilizou ao ver aquela mulher do povo, de classe trabalhadora, que todos acompanharam nos altos e nos baixos e que, ao longo dos anos, tinha virado uma figura onipresente nos meios de comunicação, careca, pálida, fraca, a beira da morte antes dos 30 anos, tendo que se despedir de seus dois filhos pequenos mas sempre com um sorriso no rosto.
Jade morreu no dia 22 de março, Dia das Mães (no UK), aos 27 anos. Todos os jornais, até os sérios e respeitados, prestaram suas homenagens e a colocaram na primeira página. Até Gordon Brown, o Primeiro Ministro, deu uma declaração emocionada sobre o falecimento dela (dizendo que o país inteiro admira sua coragem em ser tão pública com sua doença conscientizando o público sobre o cancer cervical e garantindo um bom futuro pros filhos). Shilpa Shetty, aquela que tinha sido vítima de bullying no Celebrity Big Brother, também falou palavras gentis sobre Jade e até David e Victoria Beckham mandaram flores com condolências.
Ela foi enterrada de maneira telenovelesca: com seu vestido de noiva e com fotos de seus dois filhos.
A carreira de Jade é, por si só, um ótimo (e assustador) estudo sociológico sobre a imprensa e o público britânico.
A separação de Peter e Katie
Mais uma celeb story cheia de bipolaridade, maniqueísmo, etc e tal.
Peter Andre nasceu em Londres mas começou a carreira de pop star na Austrália. Em 1994, ele teve um enorme hit no Reino Unido com Mysterious Girl e seu CD também alcançou o topo das paradas. No ano seguinte, porém, ele foi esquecido.
Katie Price era uma glamour model. Glamour model = garota que posa topless para o The Sun e que são conhecidas por um pseudônimo (o de Katie era Jordan e, por isso, a imprensa britânica chama ela ora de Katie ora de Jordan).
Glamour models em geral não alcançam mainstream popularity; mas Katie tinha algo a mais: ela falava demais, ela bebia demais, ela causava demais, ela mostrava demais. Ela colocou litros e litros de silicone (do tipo que faria o decote de Pamela Anderson parecer discreto) e é fã de excessos e cafonices: roupas horrorosas rosa choque, bronzeamento artíficial até ficar laranja, cílios postiços, lipgloss extra brilhante e grudento. Ela namorava com famosos, ela não tinha papas na língua, ela era ousda. Era o tipo de celebridade que dava bastante material para os tablóides.
Em 2004, Katie e Peter aceitaram o convite para participar do reality show I'm a Celebrity... Get me Out of Here! que tem o mesmo formato de Survivor ou No Limite mas, ao invés de anônimos, tem subcelebridades barraqueiras.
Na selva, ambos se conheceram, se apaixonaram, o país parou para assisti-los e ambos saíram do programa com a popularidade revitalizada e toda a indústria de fofoca aos seus pés.
Eles se casaram (a edição da revista OK! documentando o cafoníssimo casamento bateu recordes de venda), tiveram filhos juntos e assinaram um lucrátivo contrato que dava direito ao canal a cabo ITV2 de filmar a vida inteira deles (literalmente. De 2007 até 2009, o reality Katie & Peter teve SEIS TEMPORADA, todas com altíssimas audiências).
Ela virou uma marca poderosissima. O público gostava do fato dela ser uma mãe e esposa dedicada ao mesmo tempo que tinha uma imagem completamente chav (colágeno, botox, roupas rosa choque, litros de silicone, quantidade absurda de lipgloss, etc) e era uma mulher de negócios muitíssimo bem sucedida: aos 30 anos, ela já tinha 3 autobiográfias, com mais de 2 milhões de cópias vendidas. Ela também tinha livros de ficção (todos best-sellers), linhas de roupas, bikinis, lingerie, roupa de cama, roupa para bebês, óculos escuros e tudo mais que for imaginável. Sua fortuna ultrapassa 40 milhões de libras.
O New York Times chegou a comparar a popularidade dela com a da Princesa Diana.
Porém, em maio de 2009, o Reino Unido entrou em histeria quando Katie e Peter anunciariam que iriam se separar. E, na separação de bens, ele ficou com a coisa mais valiosa: a poderosa empresária Claire Powell, que orquestrou toda a imagem deles desde que saíram da selva em 2004.
A essa altura, já é fácil notar que a impresa britânica gosta de personagens bem definidos. É tudo preto ou branco, não existe cinza. E, obviamente, na separação deles, não foi diferente: os tablóides e revistas de fofoca transformaram Peter no herói, no pobre coitado, no pai de família (nada surpreendente levando em conta que foi ele que manteve a empresária) e Katie Price na louca, imatura e vilã.
Não que ela não tenha colaborado: logo depois de anunciar o divórcio, ela foi para Ibiza onde relembrou os velhos tempos bebendo demais e fazendo um monte de besteira (enquanto os filhos ficavam com Peter Andre. Inclusive o mais velho que não é filho biológico dele). Logo depois, ela arranjou um namorado cage-fighter que, no passado, fez filme pornô. E que, no presente, é um travesti de meio período (que atende pelo nome de Roxanne. Juro).
Katie Price foi mais uma que a imprensa inglesa built up e knocked down. Depois de anos a vendendo como uma bem sucedida e excentrica mulher de negócios e mãe de família, ela virou uma mulher irresponsável, inescrupulosa e malvada.
Em todas as pesquisas de celebridades mais odiadas de 2009, Katie Price aparece lá no topo. Já nas mais admiradas, Peter Andre sempre está em primeiro lugar.
Para tentar recuperar sua popularidade, Katie voltou ao I'm a Celebrity... Get Me Out of Here (pois é, né? Porque voltar pro reality show que a fez popular deu muito certo pra Jade Goody. Not). Porém, ela não conseguiu agüentar o tranco: o público é responsável por votar na celebridade que eles querem ver cumprindo as tarefas (todas extremamente díficeis fisicamente) e não deu outra: Jordan foi votada para fazer absolutamente TUDO.
Aos prantos, ela anunciou sua desistência e, enquanto era entrevistada pelos apresentadores do programa, anunciou que tinha acabado de decidir terminar o seu namoro. Enquanto ela dava essas declarações ao vivo na TV, seu namorado tinha acabado de pousar na Austrália, onde o reality é filmado, com um anel de noivado em mãos.
Mais uma vez, a imprensa de fofocas foi a loucura (e sim, eles reataram o namoro).
Katie terá que ralar MUITO para conseguir que o público fique ao seu lado. Mas, financeiramente falando, ela não tem muito com o que se preocupar: sua presença em qualquer programa é sinônimo de altas audiências e as pessoas ainda estão extremamente interessadas nela.
Mas o verdadeiro ganhador é Peter Andre. A separação fez com que a sua popularidade crescesse ainda mais e ele finalmente conseguiu sair da sombra de Katie. Além disso, a sua newfound popularity fez com que ele conseguisse o impensável: fazer as pessoas consumirem sua música (ele era, antes de marido da Katie, um cantor. Lembram-se?). O seu último CD, lançado logo depois da separação, teve vendas impressionantemente altas.
Peter Andre nasceu em Londres mas começou a carreira de pop star na Austrália. Em 1994, ele teve um enorme hit no Reino Unido com Mysterious Girl e seu CD também alcançou o topo das paradas. No ano seguinte, porém, ele foi esquecido.
Katie Price era uma glamour model. Glamour model = garota que posa topless para o The Sun e que são conhecidas por um pseudônimo (o de Katie era Jordan e, por isso, a imprensa britânica chama ela ora de Katie ora de Jordan).
Glamour models em geral não alcançam mainstream popularity; mas Katie tinha algo a mais: ela falava demais, ela bebia demais, ela causava demais, ela mostrava demais. Ela colocou litros e litros de silicone (do tipo que faria o decote de Pamela Anderson parecer discreto) e é fã de excessos e cafonices: roupas horrorosas rosa choque, bronzeamento artíficial até ficar laranja, cílios postiços, lipgloss extra brilhante e grudento. Ela namorava com famosos, ela não tinha papas na língua, ela era ousda. Era o tipo de celebridade que dava bastante material para os tablóides.
Em 2004, Katie e Peter aceitaram o convite para participar do reality show I'm a Celebrity... Get me Out of Here! que tem o mesmo formato de Survivor ou No Limite mas, ao invés de anônimos, tem subcelebridades barraqueiras.
Na selva, ambos se conheceram, se apaixonaram, o país parou para assisti-los e ambos saíram do programa com a popularidade revitalizada e toda a indústria de fofoca aos seus pés.
Eles se casaram (a edição da revista OK! documentando o cafoníssimo casamento bateu recordes de venda), tiveram filhos juntos e assinaram um lucrátivo contrato que dava direito ao canal a cabo ITV2 de filmar a vida inteira deles (literalmente. De 2007 até 2009, o reality Katie & Peter teve SEIS TEMPORADA, todas com altíssimas audiências).
Ela virou uma marca poderosissima. O público gostava do fato dela ser uma mãe e esposa dedicada ao mesmo tempo que tinha uma imagem completamente chav (colágeno, botox, roupas rosa choque, litros de silicone, quantidade absurda de lipgloss, etc) e era uma mulher de negócios muitíssimo bem sucedida: aos 30 anos, ela já tinha 3 autobiográfias, com mais de 2 milhões de cópias vendidas. Ela também tinha livros de ficção (todos best-sellers), linhas de roupas, bikinis, lingerie, roupa de cama, roupa para bebês, óculos escuros e tudo mais que for imaginável. Sua fortuna ultrapassa 40 milhões de libras.
O New York Times chegou a comparar a popularidade dela com a da Princesa Diana.
Porém, em maio de 2009, o Reino Unido entrou em histeria quando Katie e Peter anunciariam que iriam se separar. E, na separação de bens, ele ficou com a coisa mais valiosa: a poderosa empresária Claire Powell, que orquestrou toda a imagem deles desde que saíram da selva em 2004.
A essa altura, já é fácil notar que a impresa britânica gosta de personagens bem definidos. É tudo preto ou branco, não existe cinza. E, obviamente, na separação deles, não foi diferente: os tablóides e revistas de fofoca transformaram Peter no herói, no pobre coitado, no pai de família (nada surpreendente levando em conta que foi ele que manteve a empresária) e Katie Price na louca, imatura e vilã.
Não que ela não tenha colaborado: logo depois de anunciar o divórcio, ela foi para Ibiza onde relembrou os velhos tempos bebendo demais e fazendo um monte de besteira (enquanto os filhos ficavam com Peter Andre. Inclusive o mais velho que não é filho biológico dele). Logo depois, ela arranjou um namorado cage-fighter que, no passado, fez filme pornô. E que, no presente, é um travesti de meio período (que atende pelo nome de Roxanne. Juro).
Katie Price foi mais uma que a imprensa inglesa built up e knocked down. Depois de anos a vendendo como uma bem sucedida e excentrica mulher de negócios e mãe de família, ela virou uma mulher irresponsável, inescrupulosa e malvada.
Em todas as pesquisas de celebridades mais odiadas de 2009, Katie Price aparece lá no topo. Já nas mais admiradas, Peter Andre sempre está em primeiro lugar.
Para tentar recuperar sua popularidade, Katie voltou ao I'm a Celebrity... Get Me Out of Here (pois é, né? Porque voltar pro reality show que a fez popular deu muito certo pra Jade Goody. Not). Porém, ela não conseguiu agüentar o tranco: o público é responsável por votar na celebridade que eles querem ver cumprindo as tarefas (todas extremamente díficeis fisicamente) e não deu outra: Jordan foi votada para fazer absolutamente TUDO.
Aos prantos, ela anunciou sua desistência e, enquanto era entrevistada pelos apresentadores do programa, anunciou que tinha acabado de decidir terminar o seu namoro. Enquanto ela dava essas declarações ao vivo na TV, seu namorado tinha acabado de pousar na Austrália, onde o reality é filmado, com um anel de noivado em mãos.
Mais uma vez, a imprensa de fofocas foi a loucura (e sim, eles reataram o namoro).
Katie terá que ralar MUITO para conseguir que o público fique ao seu lado. Mas, financeiramente falando, ela não tem muito com o que se preocupar: sua presença em qualquer programa é sinônimo de altas audiências e as pessoas ainda estão extremamente interessadas nela.
Mas o verdadeiro ganhador é Peter Andre. A separação fez com que a sua popularidade crescesse ainda mais e ele finalmente conseguiu sair da sombra de Katie. Além disso, a sua newfound popularity fez com que ele conseguisse o impensável: fazer as pessoas consumirem sua música (ele era, antes de marido da Katie, um cantor. Lembram-se?). O seu último CD, lançado logo depois da separação, teve vendas impressionantemente altas.
A morte do popstar Stephen Gately
Outra notícia que causou um enorme impacto na Grã-Bretanha em 2009 foi a morte de Stephen Gately em outubro, aos 33 anos.
Stephen alcançou a fama sendo parte da boyband irlandesa Boyzone que, com suas baladas melosas, conquistou as paradas do Reino Unido e da Irlanda entre 1993 e 2000, causando enorme histeria, se tornando um fenômeno entre as adolescentes e vendendo milhões de discos.
Em 1999, Stephen chocou ao revelar para o The Sun que era homossexual.
Em 2008, depois da enormemente bem-sucedida volta do Take That, os cinco membros do Boyzone resolveram também se reunir para uma grande turnê por estádios e arenas do Reino Unido e da Irlanda. Eles também voltaram a gravar materiais inéditos.
Em outubro, Gately morreu inesperadamente, aos 33 anos, de endema pulmonar em seu apartamento em Majorca na Espanha. A morte foi por causas naturais e causou enorme choque no público.
Alguns dias após o falecimento de Stephen, a colunista do tablóide Daily Mail Jan Moir publicou um artigo onde ela relacionava a morte do cantor com o seu "estilo de vida homossexual". Colunistas respeitados e figuras influentes como Stephen Fry chamaram atenção para o tom homofóbico e ofensivo do artigo e o PCC, orgão que regula a imprensa escrita britânica, recebeu mais de 25 mil reclamações sobre a coluna. Empresas começaram a pedir para que o tablóide não colocasse seus anúncios perto da coluna e a a Nestlé, cuja marca Nescafe estava sendo promovida num box ao lado do artigo de Moir, mandou um comunicado a imprensa afirmando que as palavras de Jan contradiziam os valores da empresa e que eles pregavam "respeito mutuo independente da cultura, religião ou nacionalidade".
Os 4 membros restantes do Boyzone foram responsáveis por trazer o corpo de Stephen de volta a Londres, onde ele morava. Todos tatuaram "76 09" (o ano de nascimento e da morte de Gately) em seus corpos como homenagem ao companheiro.
Outras figuras influentes que também prestaram homenagem foram Elton John e Andrew Lloyd Webber, ambos amigos do cantor.
Após o falecimento de Stephen, Bono Vox começou a dedicar a música The Unforgettable Fire a ele nos shows da turnê U2 360.
Sabe aquele reality show Popstars que nos trouxe tantas felicidades? (i.e.: Rouge e Br'oz). Pois é, lá no UK eles obviamente tinham esse reality também (duh, eles tem TODOS os realities).
Daí que teve a primeira edição e foi um enorme sucesso e a banda que foi formada, Hear'say, quebrou todos os recordes de venda para, um mês depois, despontar para o anonimato.
Ai os produtores resolveram fazer um novo formato para a segunda temporada (em 2002): eles iam formar duas bandas, uma de garotos e outra de garotas, que iriam disputar o topo da parada de singles na semana de natal (quando as vendas são mais altas). A girlband, Girls Aloud, ganhou de lavada. E uma das garotas selecionadas para ser parte dessa girlband foi Cheryl Tweedy.
Um mês após o lançamento do grupo, Cheryl fez uma besteira gigantesca que quase colocou tudo a perder: se meteu numa briga com uma faxineira de boate que logo a processou. A faxineira inclusive disse que Cheryl a xingou usando um termo racista.
A imprensa inglesa, sempre muito fina e cordial, pulou na história mas no fim a Justiça decretou que não havia provas de que Cheryl havia usado o tal xingamento (e ela só teve que cumprir serviço comunitário).
Todos respiraram aliviados quando a poeira baixou e as Girls Aloud voltaram ao trabalho. De fato, elas conseguiram algo bastante raro para atos pop formados em reality shows: 7 anos (and counting) com vendas constantes e respeito dos críticos.
Todas as garotas dividiam os holofotes mas Cheryl voltou a se destacar quando anunciou seu noivado com Ashley Cole, o jogador de futebol. E os direitos de cobertura da mega produção que foi o casamento foram vendidos por milhões de libras para a revista OK!.
Em 2008, três anos após o casamento, o The Sun (sempre ele) publicou uma entrevista de uma garota que afirmava ter tido relações sexuais com Ashley em dezembro de 2006, apenas alguns meses depois do casamento dele com Cheryl. A notícia, obviamente, repercutiu loucamente e colocou o casamento dos dois em crise. Cheryl fugiu para Los Angeles, perdeu peso loucamente e depois de muita especulação da imprensa, finalmente resolveu perdoar Ashley e voltou com ele (BOOOO).
Mas a situação inteira serviu para fazer dela uma estrela gigantesca. O interesse do público aumentou muitíssimo e ela virou mega requísitada e maior do que a banda da qual fazia parte.
O empresário Simon Cowell (a.k.a. o juíz malvado de American Idol), sempre muito esperto, aproveitando da popularidade dela, convidou-a para ser parte do Britain's Got Talent (a.k.a. o programa da Susan Boyle) mas ela não aceitou. Alguns meses depois, Sharon Osbourne resolveu deixar sua posição como juíza no The X Factor (outro programa de Simon, no mesmo formato de American Idol) e ele novamente a chamou. Ela finalmente topou.
Cheryl arrasou como juíza no programa e conquistou o público: ela era educada, fazia boas críticas, dava puxões de orelha no Simon quando ele era muito malvado, chorava com frequência, estava sempre sorridente, com belos vestidos e bonitos penteados, parecendo uma Barbie de carne e osso. As garotas queriam ser como ela, os garotos queriam ter ela.
A presença de Cheryl no programa também ajudou enormemente na audiência: o reality, que já era um gigantesco fenômeno social, bateu recorde de público durante a temporada. O aumento de popularidade dela também impulsionou as Girls Aloud que registraram vendas particularmente altas em 2008.
A sua imagem passou por mudanças sutis: agora ela fala com calma, sempre de maneira elegante (apesar de manter o sotaque de classe trabalhadora). Se porta de maneira mais fina. O estilo dela, antes meio questionável, também ganhou novos ares e ela se tornou um ícone fashion, aparecendo até na capa da revista Vogue (a edição bateu recordes de venda).
Em 2009, o The X Factor estreou sua 6a temporada (2a com a Cheryl) e a audiência, que parecia não poder crescer mais, continuou subindo. Cheryl usou o programa como plataforma para lançar sua carreira solo (enquanto as Girls Aloud estão em um hiatus de 1 ano). Depois de semanas de especulação (os tablóides afirmavam que ela faria playback, que ela não estava preparada, que ela estava chorando de nervoso todas as noites), a primeira performance de seu single, Fight for this Love, bateu recordes de audiência e foi a performance mais vista da história do programa (outros artistas que participaram do The X Factor: Britney Spears, Paul McCartney, Miley Cyrus, Rihanna, Lady Gaga, Whitney Houston, Robbie Williams, Alicia Keys, Mariah Carey, etc). Tanto o single (Fight for this Love) como o CD solo (3 Words) tiveram vendas excepcionalmente altas, acima das 600 mil cópias.
Cheryl Cole é, atualmente, a mulher mais amada da Grã-Bretanha. Ela tem um lugar fixo no programa mais visto do país. Tudo que ela toca vira ouro. Ela é o maior sex symbol, o maior ícone de estilo, a maior cantora solo britânica do momento, e parte da maior girlband. Ela está lá no topo e parece que nada nem ninguém conseguirá alcança-la.
Mas vocês sabem como é a imprensa britânica. É como diz o ditado: the higher you climb, the harder you fall. Boa sorte Cheryl.
Stephen alcançou a fama sendo parte da boyband irlandesa Boyzone que, com suas baladas melosas, conquistou as paradas do Reino Unido e da Irlanda entre 1993 e 2000, causando enorme histeria, se tornando um fenômeno entre as adolescentes e vendendo milhões de discos.
Em 1999, Stephen chocou ao revelar para o The Sun que era homossexual.
Em 2008, depois da enormemente bem-sucedida volta do Take That, os cinco membros do Boyzone resolveram também se reunir para uma grande turnê por estádios e arenas do Reino Unido e da Irlanda. Eles também voltaram a gravar materiais inéditos.
Em outubro, Gately morreu inesperadamente, aos 33 anos, de endema pulmonar em seu apartamento em Majorca na Espanha. A morte foi por causas naturais e causou enorme choque no público.
Alguns dias após o falecimento de Stephen, a colunista do tablóide Daily Mail Jan Moir publicou um artigo onde ela relacionava a morte do cantor com o seu "estilo de vida homossexual". Colunistas respeitados e figuras influentes como Stephen Fry chamaram atenção para o tom homofóbico e ofensivo do artigo e o PCC, orgão que regula a imprensa escrita britânica, recebeu mais de 25 mil reclamações sobre a coluna. Empresas começaram a pedir para que o tablóide não colocasse seus anúncios perto da coluna e a a Nestlé, cuja marca Nescafe estava sendo promovida num box ao lado do artigo de Moir, mandou um comunicado a imprensa afirmando que as palavras de Jan contradiziam os valores da empresa e que eles pregavam "respeito mutuo independente da cultura, religião ou nacionalidade".
Os 4 membros restantes do Boyzone foram responsáveis por trazer o corpo de Stephen de volta a Londres, onde ele morava. Todos tatuaram "76 09" (o ano de nascimento e da morte de Gately) em seus corpos como homenagem ao companheiro.
Outras figuras influentes que também prestaram homenagem foram Elton John e Andrew Lloyd Webber, ambos amigos do cantor.
Após o falecimento de Stephen, Bono Vox começou a dedicar a música The Unforgettable Fire a ele nos shows da turnê U2 360.
Sabe aquele reality show Popstars que nos trouxe tantas felicidades? (i.e.: Rouge e Br'oz). Pois é, lá no UK eles obviamente tinham esse reality também (duh, eles tem TODOS os realities).
Daí que teve a primeira edição e foi um enorme sucesso e a banda que foi formada, Hear'say, quebrou todos os recordes de venda para, um mês depois, despontar para o anonimato.
Ai os produtores resolveram fazer um novo formato para a segunda temporada (em 2002): eles iam formar duas bandas, uma de garotos e outra de garotas, que iriam disputar o topo da parada de singles na semana de natal (quando as vendas são mais altas). A girlband, Girls Aloud, ganhou de lavada. E uma das garotas selecionadas para ser parte dessa girlband foi Cheryl Tweedy.
Um mês após o lançamento do grupo, Cheryl fez uma besteira gigantesca que quase colocou tudo a perder: se meteu numa briga com uma faxineira de boate que logo a processou. A faxineira inclusive disse que Cheryl a xingou usando um termo racista.
A imprensa inglesa, sempre muito fina e cordial, pulou na história mas no fim a Justiça decretou que não havia provas de que Cheryl havia usado o tal xingamento (e ela só teve que cumprir serviço comunitário).
Todos respiraram aliviados quando a poeira baixou e as Girls Aloud voltaram ao trabalho. De fato, elas conseguiram algo bastante raro para atos pop formados em reality shows: 7 anos (and counting) com vendas constantes e respeito dos críticos.
Todas as garotas dividiam os holofotes mas Cheryl voltou a se destacar quando anunciou seu noivado com Ashley Cole, o jogador de futebol. E os direitos de cobertura da mega produção que foi o casamento foram vendidos por milhões de libras para a revista OK!.
Em 2008, três anos após o casamento, o The Sun (sempre ele) publicou uma entrevista de uma garota que afirmava ter tido relações sexuais com Ashley em dezembro de 2006, apenas alguns meses depois do casamento dele com Cheryl. A notícia, obviamente, repercutiu loucamente e colocou o casamento dos dois em crise. Cheryl fugiu para Los Angeles, perdeu peso loucamente e depois de muita especulação da imprensa, finalmente resolveu perdoar Ashley e voltou com ele (BOOOO).
Mas a situação inteira serviu para fazer dela uma estrela gigantesca. O interesse do público aumentou muitíssimo e ela virou mega requísitada e maior do que a banda da qual fazia parte.
O empresário Simon Cowell (a.k.a. o juíz malvado de American Idol), sempre muito esperto, aproveitando da popularidade dela, convidou-a para ser parte do Britain's Got Talent (a.k.a. o programa da Susan Boyle) mas ela não aceitou. Alguns meses depois, Sharon Osbourne resolveu deixar sua posição como juíza no The X Factor (outro programa de Simon, no mesmo formato de American Idol) e ele novamente a chamou. Ela finalmente topou.
Cheryl arrasou como juíza no programa e conquistou o público: ela era educada, fazia boas críticas, dava puxões de orelha no Simon quando ele era muito malvado, chorava com frequência, estava sempre sorridente, com belos vestidos e bonitos penteados, parecendo uma Barbie de carne e osso. As garotas queriam ser como ela, os garotos queriam ter ela.
A presença de Cheryl no programa também ajudou enormemente na audiência: o reality, que já era um gigantesco fenômeno social, bateu recorde de público durante a temporada. O aumento de popularidade dela também impulsionou as Girls Aloud que registraram vendas particularmente altas em 2008.
A sua imagem passou por mudanças sutis: agora ela fala com calma, sempre de maneira elegante (apesar de manter o sotaque de classe trabalhadora). Se porta de maneira mais fina. O estilo dela, antes meio questionável, também ganhou novos ares e ela se tornou um ícone fashion, aparecendo até na capa da revista Vogue (a edição bateu recordes de venda).
Em 2009, o The X Factor estreou sua 6a temporada (2a com a Cheryl) e a audiência, que parecia não poder crescer mais, continuou subindo. Cheryl usou o programa como plataforma para lançar sua carreira solo (enquanto as Girls Aloud estão em um hiatus de 1 ano). Depois de semanas de especulação (os tablóides afirmavam que ela faria playback, que ela não estava preparada, que ela estava chorando de nervoso todas as noites), a primeira performance de seu single, Fight for this Love, bateu recordes de audiência e foi a performance mais vista da história do programa (outros artistas que participaram do The X Factor: Britney Spears, Paul McCartney, Miley Cyrus, Rihanna, Lady Gaga, Whitney Houston, Robbie Williams, Alicia Keys, Mariah Carey, etc). Tanto o single (Fight for this Love) como o CD solo (3 Words) tiveram vendas excepcionalmente altas, acima das 600 mil cópias.
Cheryl Cole é, atualmente, a mulher mais amada da Grã-Bretanha. Ela tem um lugar fixo no programa mais visto do país. Tudo que ela toca vira ouro. Ela é o maior sex symbol, o maior ícone de estilo, a maior cantora solo britânica do momento, e parte da maior girlband. Ela está lá no topo e parece que nada nem ninguém conseguirá alcança-la.
Mas vocês sabem como é a imprensa britânica. É como diz o ditado: the higher you climb, the harder you fall. Boa sorte Cheryl.
Retrospectiva 2009 - God save the Queen
Então, eu sei que nós aqui no Brasil não somos muito ligados no que tá going on lá no Reino Unido. E tipo, normal e tal. Mas sabe, TÁ NA HORA DA GENTE COMEÇAR A SE LIGAR.
Porque o Reino Unido é quase tão obcecado com cultura pop quanto eu. Eles AMAM loucuras, escândalos, celebridades fora de controle, reality shows, tablóides, revistas de fofoca. E sabe, eles tem muito senso de humor e, musicalmente falando, são bem ecléticos (o que significa que prestando atenção nos charts de lá, a gente pode antecipar muitas músicas e artistas que vão causar por aqui alguns meses mais tarde). Então galerows, vamos abrir nossos corações para eles porque ELES MERECEM.
E pra dar o ponta pé inicial na nossa love story com o Reino Unido, nada melhor do que uma retrospectiva do que aconteceu por lá ao longo de 2009.
A proposta
Sim, eu leio tablóides de qualquer país que eu entendo a língua. Sim, eu sempre sei quem é número 1 nas paradas musicas mundo afora. Sim, eu sei quais são os programas mais vistos no Japão, na Austrália, na Espanha. Sim, eu sou um pop culture junkie e não, não tem rehab que me cure.
Por tanto, finalmente resolvi canalizar minhas energias em algo útil (ou não) e usarei esse blog pra documentar quem está causando mundo afora. A parada aqui não é dizer o óbvio ("confiram ai o novo clipe da Beyoncé", "puxa, que roupa louca a Lady Gaga tá vestindo!") e sim antecipar o que está por vir. Watch this space e espero que vocês gostem :)
Por tanto, finalmente resolvi canalizar minhas energias em algo útil (ou não) e usarei esse blog pra documentar quem está causando mundo afora. A parada aqui não é dizer o óbvio ("confiram ai o novo clipe da Beyoncé", "puxa, que roupa louca a Lady Gaga tá vestindo!") e sim antecipar o que está por vir. Watch this space e espero que vocês gostem :)
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