Em 2011, Harry Potter, a maior franquia literária da história, chegou ao fim com o lançamento do último filme, Harry Potter & the Deathly Hollows Pt. 2, encerrando uma fenomenal saga cinematográfica que lucrou mais de 8 bilhões de dólares ao longo de oito filmes e vendeu 500 milhões de livros. Em novembro, Breaking Dawn Part 2, o quinto filme da saga Crepúsculo, será o capítulo final da série de Stephanie Meyers que, no final do ano, deverá ter lucrado 3 bilhões de dólares e vendido 150 milhões de livros em todo o mundo.
Com essas duas enormes franquias chegando ao fim, todos os olhos estão em The Hunger Games (Jogos Vorazes), a aposta para ser o novo fenômeno que carregará nas costas tanto a indústria literária (30 milhões de unidades dos três livros que compõem a série foram vendidos até agora apenas nos EUA) quanto da indústria cinematográfica.
Ao longo de 2011, todo ator jovem de Hollywood sonhou em conseguir os três papéis principais no filme, indiscutivelmente os papeis mais cobiçados por agentes em anos. A jovem Jennifer Lawrence, que ficou conhecida ao ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz por Winter Bone no ano passado, conquistou o papel principal, a jovem Katniss. Josh Hutcherson e Liam Hemworth foram escolhidos para interpretar os outros dois protagonistas, Peeta e Gale. Gary Ross, indicado ao Oscar quatro vezes, ficou incumbido de dirigir o filme que foi todo gravado na Carolina do Norte com um orçamento relativamente modesto (para padrões de Hollywood) de 75 milhões de dólares.
Agora, analistas esperam que o filme lucre mais de 100 milhões de dólares apenas em seu primeiro final de semana nos EUA e centenas de sessões de meia-noite já estão esgotadas. Desde que o primeiro trailer foi disponibilizado, em novembro do ano passado, mais de 8 milhões de cópias do livro foram vendidos. Esmaltes e até água da marca Hunger Games estão disponíveis no mercado e a trilha sonora terá 16 músicas inéditas interpretadas por artistas como Arcade Fire, Maroon 5, The Decembrists e Kid Cudi, além de um hypado primeiro single interpretado por Taylor Swift em colaboração com os Civil Wars.
Hunger Games está carregando a Lionsgate nas costas. Depois de anos de fracasso (incluindo dois extremamente custosos ao longo do ano passado, Conan the Barbarian e o starring vehicle do Taylor Lautner, Abduction), o filme baseado no livro de Suzanne Collins é a unica coisa que está impedindo o estúdio de falir (além de uma junção com a Summit Entertainment, a produtora que é, curiosamente, responsável por Crepúsculo).
Agora é esperar o dia 23 de março para ver se Hunger Games realmente conseguirá alcançar todas as altíssimas expectativas.
Alias, aproveitando o embalo, deixa eu falar sobre duas adaptações de cinema que foram por caminhos completamente opostos: The Help (Vidas Cruzadas) e One Day (Um Dia). Ambos foram livros extremamente elogiados e com vendas altíssimas.
Enquanto The Help (Vidas Cruzadas) foi um gigantesco sucesso de crítica e de público (207 milhões de dólares e um A+ no Cinemascore, apenas um dos sete filmes na história a obter essa nota) e um dos mais premiados na award season (quatro cobiçadas indicações ao Oscar, incluindo uma vitória para Octavia Spencer como Atriz Coadjuvante); One Day foi um relativo fracasso (56 milhões de dólares, o suficiente para ser lucrativo pois foi feito por apenas 13 milhões mas disapointing para o tamanho do livro e dos atores envolvidos), sem nenhuma indicação a prêmios e desagradando tanto os críticos, quanto os leitores da novela. A maior crítica? O casting de Anne Hathaway, americana, no papel da protagonista, que é proveniente do norte da Inglaterra (apesar de que isso deu certo com Renee Zelwalger, do Texas, como Bridget Jones).
Basicamente, o que diferencia um do outro? The Help conseguiu trazer a mágica do livro para as telas, emocionando o público da mesma maneira que o livro. Já One Day transformou o romance que tocou milhões em uma história piegas. Podemos concluir então que, quando o assunto é adaptação para o cinema o importante é saber traduzir o que encantou os leitores para a tela grande e causar neles as mesmas emoções. Parece óbvio mas it's easier said then done.
Alias, aproveitando o embalo, deixa eu falar sobre duas adaptações de cinema que foram por caminhos completamente opostos: The Help (Vidas Cruzadas) e One Day (Um Dia). Ambos foram livros extremamente elogiados e com vendas altíssimas.
The Help, escrito por Kathryn Sockett, foi lançado em 2009 e foi um dos grandes sucessos de 2010
e, depois de vender mais de 1 milhão ao longo do ano retrasado,
encerrou 2011 como o maior vendedor do ano nos EUA com 5 milhões de
cópias vendidas. O livro, que fala sobre a situação das
domésticas negras no sul dos EUA nos anos 60, é bizarramente contemporâneo para a sociedade brasileira.
Já One Day, escrito pelo
britânico David Nicholls, também publicado em 2009, foi outra mega
fenômeno. Com 1 milhão de unidades vendidas, o livro, um romance onde
cada capítulo relata um ano da vida de um casal com um enfoque em um dia
específico, foi a novela mais vendida no Reino Unido ao longo do ano
passado. No total, mais de 2 milhões de unidades foram vendidas na terra
da rainha e o livro também alcançou o topo da lista dos mais vendidos
da New York Times.
Enquanto The Help (Vidas Cruzadas) foi um gigantesco sucesso de crítica e de público (207 milhões de dólares e um A+ no Cinemascore, apenas um dos sete filmes na história a obter essa nota) e um dos mais premiados na award season (quatro cobiçadas indicações ao Oscar, incluindo uma vitória para Octavia Spencer como Atriz Coadjuvante); One Day foi um relativo fracasso (56 milhões de dólares, o suficiente para ser lucrativo pois foi feito por apenas 13 milhões mas disapointing para o tamanho do livro e dos atores envolvidos), sem nenhuma indicação a prêmios e desagradando tanto os críticos, quanto os leitores da novela. A maior crítica? O casting de Anne Hathaway, americana, no papel da protagonista, que é proveniente do norte da Inglaterra (apesar de que isso deu certo com Renee Zelwalger, do Texas, como Bridget Jones).
Basicamente, o que diferencia um do outro? The Help conseguiu trazer a mágica do livro para as telas, emocionando o público da mesma maneira que o livro. Já One Day transformou o romance que tocou milhões em uma história piegas. Podemos concluir então que, quando o assunto é adaptação para o cinema o importante é saber traduzir o que encantou os leitores para a tela grande e causar neles as mesmas emoções. Parece óbvio mas it's easier said then done.
E no quesito "alcançar as expectativas e trazer a mágico do livro para as telas", The Hunger Games tem muito que live up to.
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